Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Com ventos de mais de 120 km/h, ciclone afeta RS e SC, deixa morto e mais de 250 mil sem energia elétrica

    Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, uma árvore caiu sobre uma casa no município de Rio Grande e deixou um morto

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    [cnn_galeria template_part='highlight' active='' id_galeria='2366414' html_id_prefix='featured_' ]

    Um ciclone extratropical se formou na região Sul do Brasil na quarta-feira (12), com ventos de mais de 120 km/h, provocou uma morte e deixou mais de 250 mil pessoas sem energia elétrica nesta quinta-feira (13). Os estados mais afetados foram Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

    O óbito foi registrado na cidade gaúcha de Rio Grande, nesta quinta-feira. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, uma árvore caiu sobre uma residência e deixou uma vítima.

    Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou o Rio Grande do Sul e Santa Catarina em alerta vermelho para vendavais, na situação de “grande perigo”, devido à formação do ciclone.

    A cidade de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, registrou rajadas de vento acima dos 120 km/h na manhã desta quinta-feira, segundo a Defesa Civil do estado. Em Urupema, na Serra Catarinense, os ventos passaram dos 100 km/h.

    Risco de alagamento e deslizamento

    O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) emitiu alerta de alto risco de enxurradas, alagamentos e deslizamento de terras para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

    Segundo o Cemaden, as áreas com maior risco são a região metropolitana de Porto Alegre, a grande Florianópolis e a porção sul de Santa Catarina.

    “Essas mesorregiões se caracterizam pela presença de população em situação de vulnerabilidade em áreas naturalmente suscetíveis a deslizamentos de terra, onde os altos acumulados previstos podem desencadear eventos de movimentos de massa pontuais a esparsos”, diz o órgão em nota.

    Veja destruição provocada pelo vendaval

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”2367360″ title_galeria=”Ciclone extratropical no Rio Grande do Sul”/]

    250 mil ficaram sem luz

    Mais de 250 mil pessoas estão sem energia elétrica no Rio Grande do Sul devido à passagem do ciclone. Os dados são da Rio Grande Energia (RGE) e da CEEE Grupo Equatorial, responsáveis pela distribuição de energia no estado.

    Em nota, a RGE informou que 110 mil pessoas tiveram o fornecimento de energia interrompido, principalmente nas regiões da Serra Gaúcha e do Planalto. 

    Já a CEEE Grupo Equatorial aponta que, ao todo, 144 mil pessoas tiveram o fornecimento de energia interrompido. Em Pelotas60 mil pessoas foram afetadas; em São José do Norte15 mil; e em Jaguarão10 mil.

    Ciclone deve ser mais intenso do que o de junho

    A Defesa Civil Nacional informou que os ventos desse novo ciclone devem ser iguais ou até superiores aos que atingiram o Rio Grande do Sul em junho, quando diversas cidades registraram estragos.

    As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa promovida pelo Ministério da Integração Nacional na tarde de terça-feira (11).

    “Os ventos serão tão fortes quanto aqueles [do ciclone anterior]. O que a gente tem de diferente é que neste teremos mais áreas atingidas. No anterior, tivemos a concentração na região metropolitana de Porto Alegre. Mas, neste aqui, a área é maior e as rajadas devem chegar a Santa Catarina e ao Paraná”, comentou a meteorologista Marcia Seabra, do Inmet.

    O que é um ciclone extratropical?

    Segundo a Climatempo, um ciclone extratropical é uma área de baixa pressão atmosférica onde os ventos giram ao redor de um centro, sempre no sentido horário, no caso do Hemisfério Sul, formando um círculo completo.

    A empresa informa que, “quanto mais baixa a pressão do ar no centro do ciclone, mais fortes são os ventos e maior o potencial para o desenvolvimento de nuvens muito extensas, que provocam chuva volumosa e forte, ventania, raios e eventualmente granizo”.

    Com informações de Douglas Porto, Gabriele Koga, Gabriel Ferneda, Lucas Schroeder e Vinícius Bernardes

    Tópicos