“Chuva preta” quase não contaminou água no RS, mostra estudo
Estudo da Fepam avaliou a qualidade da água das chuvas no estado, nos dias 12 e 13 de setembro
Um estudo realizado avaliou que a qualidade da água não foi impactada após a “chuva preta” que caiu na quinta (12) e sexta-feira (13), em Porto Alegre. Amostras de água coletadas foram submetidas a uma série de análises.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) realizou um estudo para avaliar se as queimadas que assolaram o país nas últimas semanas influenciaram a qualidade da água da chuva. As amostras de água foram coletadas em um ponto específico do bairro Partenon, em Porto Alegre.
Durante a análise, foram utilizados equipamentos para medir diversos parâmetros da água, como pH, turbidez, condutividade e oxigênio dissolvido. A turbidez, por exemplo, é um indicador da presença de partículas sólidas em suspensão na água, como a fuligem proveniente das queimadas.
Resultados da análise
Os resultados das análises foram surpreendentes. A equipe da Fepam não encontrou uma quantidade significativa de partículas finas na água da chuva, o que indicaria a presença de fuligem das queimadas.
A turbidez, embora tenha apresentado valores ligeiramente acima do ideal no primeiro dia de coleta, reduziu consideravelmente no segundo dia, sugerindo que a quantidade de material em suspensão na água já era baixa.
Segundo a Fepam, o estudo visa tranquilizar a população e fornecer informações precisas sobre a qualidade da água consumida, diante da intensa atividade de queimadas no país. A água da chuva, embora seja considerada limpa, pode ser contaminada por diversos fatores, como a poluição do ar.
A chuva preta, resultado da combinação da fumaça das queimadas com a umidade do ar, representa um sério risco à saúde da população. Essa precipitação carrega partículas finas e contaminantes que podem causar problemas respiratórios, irritação nos olhos e outros danos à saúde.
Embora a Fepam tenha divulgado o estudo que não mostra grandes níveis de poluentes nas águas, o governo divulgou na semana passada um comunicado que informa que a chuva preta “apresenta contaminantes nocivos à saúde humana, tornando-a imprópria para consumo humano”.