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    Cerveja contaminada: Justiça começa a ouvir réus do caso Backer

    Dez pessoas morreram e outras 19 ficaram com sequelas após consumir cerveja da marca em 2020

    Thais Magalhãesda CNN

    A Justiça começou a ouvir os réus do processo criminal envolvendo a cervejaria Backer. Ao todo 10 pessoas são acusadas de envolvimento na contaminação dos tanques, que provocou 10 mortes e deixou outras 19 com sequelas após ingerir a bebida.

    Os depoimentos aconteceram na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte. No primeiro dia foram ouvidos sócios-proprietários da empresa, Ana Paula Lebbos, Hayan Franco Khalil Lebbos e Munir Franco Kalil Lebbos.

    Os três interrogados enfatizaram não ter conhecimento e nenhuma participação na parte de produção da cerveja ou de compra e manutenção dos equipamentos da cervejaria na época da contaminação.

    Nesta quinta (30), segundo dia de depoimentos, o juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira ouvirá os responsáveis técnicos Ramon Ramos de Almeida Silva, Sandro Luiz Pinto Duarte, Cristian Freire Brandt e Adenilson Resende de Freitas.

    Na sexta-feira (01) quem depõe é Alvaro Soares Roberti, Gilberto Lucas de Oliveira e Charles Guilherme da Silva. Todos os réus são acusados de lesão corporal, homicídio e tentativa de homicídio culposo por meio de contaminação de alimentos.

    Segundo a assessoria de imprensa da Comarca de Belo Horizonte, Paulo Luiz Lopes, que também era réu no processo, teve extinguida a sua punibilidade, após não resistir a um acidente vascular cerebral em 2020.

    Todas as testemunhas de acusação e defesa, segundo a comarca, já prestaram depoimentos à justiça, mas não é possível prever quando o processo será sentenciado.

    Relembre o caso

    A contaminação das cervejas da empresa foi descoberta em janeiro de 2020 após várias pessoas que consumiram rótulos da marca serem hospitalizadas por intoxicação.

    O inquérito policial foi concluído em junho e apontou que a contaminação da cerveja pela substância dietilenoglicol ocorreu por meio de rachaduras nos tanques que armazenavam a bebida.

    Conforme a Polícia Civil, 29 pessoas que beberam a cerveja Backer desenvolveram uma síndrome que causou insuficiência renal aguda pela substância tóxica encontrada na bebida e que vazou de um dos tanques. Desse total, dez pessoas morreram e 19 apresentaram sequelas graves.