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    Castro pede transferência de traficantes do Rio de Janeiro para presídios federais

    Iniciativa faz parte de um plano de ação conjunta entre os governos federais e estaduais para frear a criminalidade no Complexo da Maré

    Rafaela Cascardoda CNN , no Rio de Janeiro

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou, nesta sexta-feira (29), que pediu a transferência de traficantes do Rio para presídios de segurança máxima, mas não informou a quantidade.

    A solicitação é uma das medidas que pretende asfixiar o crime no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Os governos estadual e federal se reuniram desde quinta-feira (28) para traçar um plano de ação conjunta.

    A iniciativa surgiu após a divulgação de uma investigação da Polícia Civil que mostrou, nesta semana, que o Complexo da Maré se transformou em um centro de treinamento de novos criminosos.

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    Em coletiva de imprensa realizada também com a presença do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, Castro afirmou que já solicitou a presença da Força Nacional no Rio.

    O governador esclareceu que não haverá ocupação no território, mas a Força Nacional deve agir no entorno. Os agentes passarão por treinamento padrão, mas levando em consideração as especificidades do Rio de Janeiro.

    O governador também confirmou que a Polícia Civil pediu o indiciamento de criminosos que aparecem no vídeo do treinamento para a atuação no tráfico, e agora aguarda o Ministério Público pedir a prisão deles.

    Perguntado sobre as medidas concretas que entrarão em vigor, Castro disse apenas que os governos agirão por meio de incursões e uso de tecnologia e inteligência.

    “Não vamos detalhar porque faz parte da inteligência. Não é de hoje, mas, desde a exposição dos fatos, há um grande monitoramento por parte da inteligência da movimentação desses criminosos. A grande diferença será o uso da tecnologia, tanto pelas forças estaduais como federais”, afirmou o governador.

    “Se o planejamento que a gente tem der certo, será uma coisa perene. São políticas públicas que estamos dialogando há um tempo. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado já funciona há meses. É uma força integrada entre PF, PRF, PC e PM. Estão fazendo esse trabalho integrado há 4 meses”, completou.

    As datas sobre as medidas que devem ser colocadas em prática não foram divulgadas, pois a intenção, segundo o governo do Rio, é causar um efeito surpresa. Outras áreas do estado devem ser contempladas.

    “As imagens que a gente viu são inaceitáveis. Vamos atuar com inteligência, proporcionalidade, respeitando a ADPF. Com tecnologia, sem ação pirotécnica ou espetacular. Com o mínimo de efeito colateral possível”, afirmou Cappelli.

    O Complexo da Maré é um dos principais do Rio. O espaço reúne 16 favelas, onde moram cerca de 140 mil pessoas. É um território plano e considerado de alta complexidade pelas forças de segurança, já que há a atuação de três facções criminosas diferentes.

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