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    Casos de dengue começam a “desacelerar”, diz Ministério da Saúde

    País registra mais de 1,5 mil casos e já chegou a 450 mortes confirmadas pela doença

    Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya
    Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya Joao Paulo Burini/GettyImages

    Luan Leãoda CNN

    O Brasil teve uma desaceleração com relação ao número dos casos prováveis de dengue, segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em coletiva no ministério nesta terça-feira (12).

    Apesar de afirmar que estava “começando uma desaceleração” com relação aos diagnósticos da doença, a secretária alertou que cada estado entrou em tempos diferentes na crise epidemiológica e também ressaltou preocupação com sorotipos da doença. “Nossa preocupação agora é acompanhar os 4 sorotipos em circulação. O sorotipo 3 não aparecia há 15 anos e voltou a circular em 2024, então estamos atentos para cenários diferentes no futuro e seguimos monitorando de perto”, disse.

    Segundo os números do Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país registra 1.585.385 casos prováveis da doença, com 450 mortes confirmadas e outras 849 mortes estão em investigação pela relação com a doença. O Ministério da Saúde aponta, ainda, que dos casos prováveis, 13.112 deles são considerados graves e com sinais de alarme.

    Em 2024, a pasta identificou a circulação simultânea de quatro sorotipos da doença. Vale lembrar que a imunidade para a dengue é específica para cada sorotipo, e a circulação de diferentes sorotipos aumenta o risco de disseminação.

    Ainda segundo os dados do Ministério da Saúde, Minas Gerais segue como o estado com o maior número de casos, com 531.418 diagnósticos prováveis. O estado também apresenta número elevado na análise do coeficiente de incidência, com 2.587,4 casos a cada 100 mil habitantes. Com relação ao estado mineiro, a secretária disse que a diminuição no número de casos é uma sinalização para o restante do país. “Na mesma velocidade que subimos, nós vamos descer”, explicou Maciel.

    Durante sua fala, a secretária Ethel Maciel pontuou que, com as mudanças climáticas, o cenário epidemiológico “atípico” de 2024, com antecipação do aumento dos casos, pode se repetir. Sobre os testes rápidos, o Ministério mudou a orientação, com a incorporação e distribuição por parte da pasta, para um “diagnóstico mais eficaz”. Em parceria com o Ministério da Educação, também serão realizadas ações nas escolas com o Programa Saúde na Escola (PSE).

    O diretor de Emergências em Saúde Pública, Márcio Garcia, avaliou as ações adotadas pela pasta e fez um apelo à população. “Seguimos com 2 grandes objetivos: evitar o óbito e evitar que o mosquito nasça. Por isso, é importante que todo cidadão brasileiro que apresente algum quadro febril e outros sinais, procure uma unidade de saúde e que todos cuidem do seu ambiente para evitar a multiplicação do mosquito”, ressaltou Garcia.

    Até esta terça-feira (12), nove estados, incluindo o Distrito Federal, decretaram emergência. São eles: Acre, Amapá, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O Ministério informou ainda que 288 municípios, a maioria deles em Minas Gerais (158), também já decretaram.

    Na coletiva, também foi destacado que integrantes do Ministério da Saúde estão prestando apoio no manejo clínico de pacientes atendidos em três estados, além do Distrito Federal, sendo os outros Santa Catarina, Espírito Santo e Amapá.

    Chikungunya e Febre do Oropouche

    O Ministério da Saúde também informou 78.775 casos de Chikungunya no Brasil, com 31 mortes confirmadas e outras 58 sob investigação. Conforme a pasta, foram identificados mais casos na região Norte do país, onde também há registros de Febre do Oropouche, arbovirose com sintomas similares aos da Chikungunya.

    Pelos dados do Ministério, em 2024, foram registrados 2.255 casos de febre do oropouche nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.