Caso Staheli: condenado por morte de executivos americanos é preso no Rio
O criminoso era procurado desde 2019 pelo crime, que completou 20 anos no mês passado
A polícia civil do Rio de Janeiro prendeu, na última sexta-feira (15), um homem condenado por matar um casal de americanos, executivos da petroleira Shell.
O caso de duplo latrocínio, quando há roubo seguido de morte, completou 20 anos no mês passado. Jossiel Conceição dos Santos possuía um mandado de prisão em aberto e foi localizado após trabalho de inteligência dos agentes da 12ª Delegacia de Polícia do Rio, em Copacabana.
Ele estava em uma rua na Taquara, bairro da zona oeste da capital fluminense.
O delegado Ângelo Lages, que coordenou os trabalhos resultantes na prisão do criminoso, explica que a investigação foi complexa e chegou a contar, à época, com o apoio do FBI, serviço de inteligência norte-americano.
O acusado chegou a ser preso em 2004 e teve a pena convertida para o regime semiaberto em 2014. Pouco depois, em 2018, passou ao regime aberto e à prisão domiciliar.
Em 2019, a decisão foi revisada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o atual mandado de prisão foi expedido.
O caso
O criminoso trabalhava como caseiro em uma residência vizinha ao imóvel das vítimas, Zera Todd e Michelle Staheli, situado em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, após estudar a rotina do casal de estrangeiros, Jossiel invadiu a casa dos executivos na noite de 30 de novembro de 2003. Armado com um pé de cabra e utilizando luvas nas mãos, ele golpeou as vítimas enquanto elas dormiam.
O homem morreu na hora e a esposa chegou a ficar quatro dias internada antes de falecer. O casal estava há três meses no Rio à serviço da multinacional Shell.
Em abril de 2004, Jossiel invadiu outra casa no mesmo condomínio. Dessa vez, o alvo era uma consulesa grega, que estava acordada e acionou a segurança. Ao ser detido e, flagrante, o então suspeito confessou aos policiais ter sido responsável pela morte dos americanos no ano anterior.
Na ocasião, ele alegou ter sido motivado por vingança, pois teria sido vítima de racismo cometido por Todd Staheli ,o que não foi comprovado durante as investigações e o julgamento do caso.
