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    Caso Moïse: “Refugiados são bem-vindos no Rio”, diz Paes

    Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados avalia realizar diligências no Rio para acompanhar as investigações

    Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi agredido e morto com golpes de barra de madeira em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio
    Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi agredido e morto com golpes de barra de madeira em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio Reprodução/Arquivo Pessoal

    Cleber Rodriguesda CNN

    no Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou nesta sexta-feira (4), que já está pronto e, assinado por ele, o documento que será entregue à Anistia Internacional a respeito da morte brutal do congolês Moïse Kabagambe, na Barra da Tijuca.

    De acordo com Paes, o município tem acompanhado a família do congolês, assim como ofereceu todas as ferramentas sociais possíveis da Secretaria de Assistência Social.

    “Estamos abertos para o diálogo com todas as Comissões dos Direitos Humanos. Assinei hoje medidas que estamos tomando em relação à família para a Anistia Internacional. Recebi pessoalmente aqui a família do Moïse. Tenho conversado permanentemente com a secretária Laura Carneiro e a gente precisa de uma discussão profunda. Vivemos em um país racista”, afirmou Paes.

    Segundo a prefeitura, na próxima quarta-feira (9), o município vai se reunir com representantes dos consulados do Cabo Verde e da Angola para debater as condições dos refugiados na capital fluminense.

    “Os refugiados são muito bem-vindos aqui no Rio. Aliás, na próxima quarta-feira, eu recebo o cônsul de Angola e o da Costa Verde, aqui no Rio. Vamos aprofundar a discussão sobre os refugiados. É um tema, pra nós, muito claro. Essa é uma cidade que sempre recebeu muito bem os visitantes que escolheram o Rio pra viver, pra morar. Portanto, vamos dar sempre proteção e torná-los felizes aqui”, concluiu Eduardo Paes.

    Eduardo Paes, prefeito do Rio, fala sobre a morte brutal do congolês Moïse Kabagambe / Foto: Cleber Rodrigues/CNN Brasil

    Também nesta sexta, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados informou que avalia uma diligência ao Rio de Janeiro, para acompanhar o caso de perto.

    Os parlamentares solicitaram às autoridades a adoção de providências rigorosas na apuração dos fatos, como a identificação dos autores e suas responsabilizações.

    Tanto o governo do estado, como o Ministério Público e a Polícia Civil já foram notificados para o envio de informações.

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que está adotando de forma célere todas as providências cabíveis ao caso e que já obteve junto à Justiça a prisão temporária dos três homens flagrados por câmeras de segurança espancando o jovem congolês.