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    Caso Marielle: esposa do delegado Rivaldo Barbosa está com tornozeleira eletrônica

    Érika Andrade de Almeida Araújo seria responsável pelas empresas de fachada que lavavam dinheiro de propina

    Isabelle Salemeda CNN

    Érika Andrade de Almeida Araújo, de 51 anos, esposa de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, instalou tornozeleira eletrônica após determinação judicial. A instalação ocorreu na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) nesta segunda-feira (25).  

    Embora o relatório da Polícia Federal sobre o caso Marielle Franco não indique participação de Érika na obstrução das investigações ou no crime, ela, que foi alvo de mandado de busca e apreensão, é apontada como responsável pela utilização de empresas para promover a lavagem do dinheiro proveniente dos crimes praticados por Rivaldo Barbosa. Ela também é investigada por organização criminosa e corrupção passiva.  

    Segundo a PF, para promover a lavagem de dinheiro, o casal teria constituído duas empresas: a Mais I Consultoria Empresarial Ltda e a Armis Consultoria Empresarial Eireli, justamente no período em que Rivaldo foi nomeado para chefiar a Delegacia de Homicídios da Capital.   

    Segundo o documento produzido pelos investigadores, a esposa de Rivaldo não possui expertise para prestar os serviços oferecidos pelas empresas.

    Assim, a PF afirma no relatório que encontrou “indícios de que Érika seja uma espécie de ‘testa de ferro’ de Rivaldo e as pessoas jurídicas Mais I Consultoria e Armis Consultoria Empresarial, ‘empresas de fachada’, constituídas para lavar dinheiro”.

    O documento levanta também indícios de que Rivaldo “se utilizava da estrutura da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro para fins particulares, notadamente no que tange à espoliação do banco de dados da corporação para subsidiar a acuidade dos serviços prestados”.

    Outros pontos que chamaram a atenção dos investigadores foram que o casal apresentava movimentação financeira incompatível com a renda (pessoa física) e faturamento (pessoa jurídica) declarados. Além disso, grande parte das operações era em espécie, por meio de saques e depósitos com origem não identificada.

    Além de ter que usar a tornozeleira, a PF pediu restrição econômica nas atividades empresariais da mulher de Rivaldo Barbosa, além de arresto de bens. 

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