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    Caso Henry: testemunhas de defesa de Monique Medeiros serão ouvidas

    Até o final desta quarta-feira será definida a data do interrogatório dos réus

    Monique Medeiros em audiência para ouvir testemunhas do processo sobre a morte do menino Henry Borel, na terça-feira (14)
    Monique Medeiros em audiência para ouvir testemunhas do processo sobre a morte do menino Henry Borel, na terça-feira (14) Foto: MARCOS PORTO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

    Bruna Carvalhoda CNN

    no Rio de Janeiro

    Nesta quarta-feira (15), serão ouvidas as testemunhas de defesa de Monique Medeiros, a mãe do menino Henry Borel. Na lista de pessoas convocadas pela defesa estão familiares, a ex-babá do menino e uma amiga de infância de professora.

    Monique Medeiros foi denunciada por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura omissiva; falsidade ideológica e coação de testemunha.

    Jairinho, padrasto da vítima, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura e coação de testemunha.

    Na lista dos depoentes de hoje estão: Glauciene Ribeiro Dantas, que foi babá de Henry Borel dos 2 aos 4 anos de idade; Reinaldo César Pereira Schelb; Renata Alves Medeiros de Souza Fernandes, prima de Monique e pediatra do Henry; Julieta Fernandes da Costa e Silva, tia de Monique; Natasha de Oliveira Machado, ex-namorada de Jairinho; Adriano França, Delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima; Antenor Lopes, Diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital; Elisa Walleska Kruger, psicóloga; Lorenzo Parodi, perito contratado pela defesa de Monique; Rafaela Pimentel Amaral, amiga; Bruno Bass, ex cabeleireiro de Monique; Rosangela Medeiros, mãe de Monique; Bryan Medeiros da Costa e Silva, irmão e Ana Paula Medeiros Pacheco, prima.

    A data para o interrogatório de Jairinho e Monique será marcada no fim da audiência desta quarta-feira após o depoimento das testemunhas. A fase seguinte será o julgamento pelo júri popular.

    Na terça (14), pelo menos dez pessoas foram ouvidas. A primeira foi uma testemunha de acusação, a cabeleireira Tereza Cristina dos Santos, que presenciou uma ligação de vídeo em 12 de fevereiro de 2021 onde a criança e a babá conversavam com a mãe.

    “Ela (babá) estava mostrando que a criança estava mancando, a criança andando no corredor. Teria machucado o joelho. Eu lembro da criança perguntando pra ela: “‘Mamãe, eu te atrapalho?””, afirmou Tereza no tribunal.

    A cabeleireira também relatou que, cerca de vinte minutos após a chamada de vídeo, ouviu parte de uma conversa de Monique.

    “Ela pediu pra essa pessoa que não falasse que o filho dela atrapalhasse ela. Que se ele mandasse a babá embora ela ia embora também. Ela disse: “Se você quer quebrar tudo aí você quebra porque você já está acostumado a isso mesmo”, contou Tereza.

    Além de Tereza, também foram ouvidos na terça Thiago Kwiatkowski Ribeiro, que foi vereador na Câmara do Rio ao lado de Jairinho; Herondina de Lourdes Fernandes, tia de Jairinho; Coronel Jairo, pai do ex vereador; Cristiane Isidoro, ex-assessora de Jairinho; Fernanda Abidu Figueiredo, ex-companheira de Jairinho; Luiz Fernando Abidu Figueiredo dos Santos, filho de Jairinho; o policial civil Sigmar Rodrigues de Almeida e Rogério Baroni, motorista da família.

    Os depoimentos terminaram por volta das 20h.

    Essa fase do processo no Tribunal do Júri, presidido pela juíza Elizabeth Machado, começou no dia 6 de outubro com o depoimento das testemunhas de acusação, entre os dez ouvidos estavam Thayná de Oliveira Ferreira, babá do menino Henry e o delegado Edson Henrique Damasceno, responsável pela investigação.

    Relembre o caso

    Henry Borel, de quatro anos, morreu na madrugada do dia 8 de março de 2021, no Hospital Barra D’or, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O menino foi levado até a unidade pela mãe, Monique Medeiros, e o namorado dela, o então vereador Dr. Jairinho (Jairo Souza dos Santos Júnior).

    À época, o então casal alegou que a criança foi encontrada desmaiada no quarto em que dormia. De acordo com os médicos da instituição, o garoto chegou ao hospital com parada cardiorrespiratória.

    Segundo a polícia, a criança foi vítima de torturas realizadas por Dr. Jairinho, no apartamento em que residiam, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Um laudo apontou 23 lesões, incluindo hemorragia interna e lesão hepática. O casal está preso desde abril deste ano.