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    Caso Henry: Justiça tem até esta sexta-feira para converter prisão do casal

    Sem decisão, Monique Medeiros e o vereador Jairinho podem ser soltos

    Jaqueline Frizon e Luiza Muttoni, da CNN no Rio de Janeiro

    A Justiça do Rio de Janeiro tem até o fim desta sexta-feira (7) para converter ou não a prisão temporária – de 30 dias – de Monique Medeiros e Jairo Souza Santos Jr. em preventiva. O casal e foi preso dia 8 de abril acusado da morte do menino Henry Borel, de quatro anos, filho de Monique.

    O Ministério Público do Estado defende que ambos coagiram testemunhas, apagaram mensagens de celular e tentaram obstruir as investigações, e, por isso, se faz necessária a conversão da prisão.

    Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6), o diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), delegado Antenor Lopes, não descartou a possibilidade de os dois serem levados à júri popular, mas lembrou que essa é uma decisão que cabe ao Tribunal de Justiça do Estado e pode levar cerca de um ano. 

    O MP-RJ apresentou a denúncia contra Monique e o vereador Dr. Jairinho (sem partido) por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura, impossibilidade de defesa da vítima), tortura, fraude processual (porque mandaram a funcionária limpar o apartamento no dia seguinte à morte de Henry mesmo sem perícia) e coação de testemunhas. 

    Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março
    Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março; padrasto e mãe falam em acidente, mas polícia investiga agressão
    Foto: Reprodução/Instagram

    Inicialmente, o casal havia sido indiciado pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado, por emprego de tortura/meio cruel e incapacidade de defesa da vítima, mas o promotor responsável pelo caso considerou, também, o motivo torpe do assassinato.

    “As investigações mostraram que Henry foi morto por Jairinho acreditar que a criança atrapalhava a relação do casal”, disse Marcos Kac, promotor do caso. 

    Monique, enquanto mãe, foi denunciada pelo crime de homicídio por omissão, já que, segundo os promotores, tinha o dever de proteger a criança. Além disso, Monique é acusada por falsidade ideológica relativa a um episódio no dia 13 de fevereiro.

    Na ocasião, ela levou Henry a um hospital e relatou que ele teria sofrido uma queda, mas mensagens recuperadas pela Polícia Civil revelaram que a babá da criança relatou à mãe que Jairinho se trancou no quarto com Henry, que saiu do cômodo alegando dores e mancando.

    Até o fechamento desta matéria, o TJ e a defesa de Jairinho não se pronunciaram.

    Já os advogados de Monique alegaram que “a denúncia acerta ao imputar homicídio qualificado contra Jairo Souza Santos Jr., e incorre em excesso ao afirmar que Monique tem qualquer tipo de participação. Monique é mais uma das tantas vítimas oprimidas, agredidas, e seu filho Henry a vítima fatal”.

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