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    Caso Henry: Justiça do Rio mantém prisão de Jairinho e Monique

    Magistrado alegou 'gravidade concreta' dos crimes de tortura e homicídio; MP-RJ pede reparação de R$ 1,5 milhão por danos causados ao pai do menino

    Maria Mazzei, da CNN, no Rio de Janeiro

    O juiz Daniel Werneck Cotta, do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, negou os requerimentos de relaxamento e revogação de prisões feitos pelas defesas de Monique Medeiros e do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho, e manteve o casal preso preventivamente. Eles são réus no processo que apura a morte do menino Henry Borel, de 4 anos.

    Na decisão, o magistrado alegou que as circunstâncias dos crimes e homicídio triplamente qualificados e tortura praticados contra Henry, além da fraude processual e tentativa de coação no curso do processo, evidenciaram a “gravidade concreta”, o que exige a manutenção da medida restritiva de liberdade do casal para poder garantir a ordem pública e assegurar o curso do processo criminal sem interferência.

    O menino morreu na madrugada do dia 8 de março. Laudo do Instituto Médico Legal apontou mais de 20 lesões por ação violenta, segunda a polícia. Um mês após, Monique, mãe de Henry, e Jairinho, namorado de Monique, foram presos e acusados do crime. O casal foi encontrado em uma casa em Bangu, Zona Oeste do Rio. 

    Em seu despacho, o juiz Daniel Werneck também argumentou a necessidade de Monique e Jairinho serem mantidos presos: “As imputações destacadas sugerem, ainda, a vontade de não se submeter à persecução criminal, evidenciando contrariedade à eventual aplicação da lei penal, que também deve ser assegurada pela prisão preventiva. Nesse ponto, como anteriormente destacado, importante rememorar que os réus, no momento de cumprimento dos mandados de prisão temporária expedidos, foram localizados em endereço diverso daquele por eles fornecido às autoridades”, destaca o juiz.

    Na sentença, o magistrado recebeu também o aditamento da denúncia do Ministério Público- RJ contra o casal. Além do pedido de condenação de Monique e Jairinho, o MP solicitou ainda à reparação, em valor não inferior de R$ 1,5 milhão, de danos causados ao pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel.

    À CNN, Leniel informou que está acompanhando o processo e teme que Monique e Jairinho sejam colocados em liberdade. “O Henry era um menino lindo, meu filhinho muito desejado, um presente de Deus em minha vida, que foi brutalmente assassinado, aos 4 anos, sem conseguir se defender. Não há dinheiro no mundo que traga a vida do meu filho de volta, mas entendo que todas as punições são relevantes”, disse o pai de Henry.

    A CNN entrou em contato com as defesas de Monique e Jairinho e aguarda resposta.

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