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    Caso Henry Borel: Polícia ainda avalia se colherá novo depoimento de Monique

    Diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Antenor Martins disse à CNN que inquérito deve ser finalizado entre uma semana e 10 dias

    Pedro Duran, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não decidiu se vai atender ao pedido dos advogados da professora Monique Medeiros e colher dela um novo depoimento. Presa no último dia 8 de abril, Monique é suspeita de participar da morte do próprio filho, o menino Henry Borel, que tinha apenas 4 anos quando morreu. 

    Ainda assim, o diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Antenor Martins, disse à CNN que o inquérito deve ser finalizado entre uma semana e 10 dias, para que o promotor possa ler o documento e apresentar a denúncia pedindo a renovação da prisão do casal. 

    A prisão temporária decretada em 8 de abril tem validade de 30 dias. Martins disse que a equipe de investigação deve fazer uma reunião no início da próxima semana para acertar os detalhes finais do inquérito.

    A oportunidade de mudar a versão foi dada pelos investigadores a três testemunhas do caso nessa semana. A babá que trabalhava na casa da família voltou atrás e reconheceu que viu o menino machucado e que desconfiava de agressões de Jairinho

    A funcionária que tinha dito que não desconfiava de agressões e nunca tinha visto nada também mudou o depoimento na mesma linha da babá e disse que chegou a ver o menino mancando. 

    A terceira testemunha que mudou sua versão foi uma ex-namorada de Jairinho que sugeriu no primeiro depoimento que nunca tinha sido agredida, que a relação deles tinha apenas “xingamentos”, mas, em novo depoimento nesta sexta-feira (16), voltou atrás e disse que o vereador não só a agrediu a ponto de ela “perder a conta” das agressões, mas também que o filho foi agredido por Jairinho, segundo a polícia.

    ‘Relacionamento muito bom’

    Monique, no entanto, só foi ouvida pela polícia uma única vez, antes da prisão. No dia 17 de março ela falou para os investigadores que o relacionamento dela com Jairinho “era muito bom, não tendo relatado quaisquer problemas”.

    Sobre filho e padrasto, ela disse que, “embora o relacionamento não fosse próximo, já que se conheciam há pouco tempo, Jairo e Henry tinham boa relação, inclusive, ocasionalmente, brincando juntos”. Essa é a versão que os advogados querem mudar.

    Até aqui, a polícia acredita que Monique e Jairinho agiram juntos e que ela não foi forçada a nada pelo companheiro.

    “Até o presente momento nós não encontramos nada nos autos da investigação através de provas, depoimentos e testemunhas, que sugerisse que a mãe do menino Henry vinha sofrendo ameaças ou agressões. Eles aparentavam união, depuseram de mãos dadas, foram presos dormindo juntos em um terceiro endereço e não nos declarados. Tudo leva a crer que eles estão unidos”, disse Martins.

    Procurado pela CNN, o advogado de Monique Menezes, Thiago Minage, disse ainda está “na expectativa da manifestação do delegado sobre a data do novo interrogatório de Monique”. A defesa acredita que a professora ainda possa ser ouvida para que a nova versão que ela quer apresentar à polícia possa mudar as conclusões do inquérito.

    O vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Doutor Jairinho, trocou de advogados. Os novos defensores não foram localizados pela CNN

    Em mensagem enviada em março para seus colegas da Câmara dos Vereadores, ele havia chamado as acusações contra ele de “loucura”. O advogado anterior, André França Barreto, afirmou enquanto o defendia que ele nega qualquer tipo de agressão a Henry ou a outras pessoas citadas no inquérito.

    Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros
    O menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros; polícia investiga ela e padrasto, o deputado Dr. Jairinho, pela morte da criança
    Foto: Reprodução/CNN Brasil

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