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    Caso Djidja Cardoso: entrada no IML aponta “edema cerebral” na ex-sinhazinha

    Documento do Instituto Médico Legal aponta possíveis causas da morte da empresária

    Felipe AndradeCarol Queirozda CNN , São Paulo e Manaus

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    A ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, pode ter falecido por conta de um edema cerebral, que teria causado uma parada cardiorrespiratória na empresária. É o que aponta o documento de entrada de Djidja no Instituto Médico Legal de Manaus, datado às 10h15 do dia 28/05.

    O laudo completo do IML deve ficar pronto em 30 dias. Nele, haverá o esclarecimento se o edema foi causado por overdose na utilização de medicamentos veterinários. A mãe e o irmão de Djidja, além de três funcionários do salão de beleza de sua propriedade, estão presos.

    O dono da clínica veterinária onde a família de Djidja comprava os produtos, deve comparecer a uma delegacia de Manaus nesta terça-feira (04) para prestar depoimento. Ele havia sido alvo de busca e apreensão da polícia.

    Depoimentos

    Em depoimento à polícia, uma ex-namorada de Ademar Cardoso, irmão de Djidja, relatou já ter utilizado ketamina e potenay, medicamentos veterinários, com ele e com a mãe dele, Cleusemar Cardoso, também mãe de Djidja. Ela relatou que, em algumas ocasiões, chegou a ser abusada sexualmente por Ademar durante o uso das drogas.

    Em outro depoimento, a atual namorada de Ademar disse aos policiais que também fez utilização dos medicamentos. Essa, segundo este depoimento, era uma exigência de Cleusemar, mãe de Ademar e Djidja, para que aceitasse a frequência dessa atual namorada em sua residência. Era uma forma de “purificação”.

    ”São doentes”

    A advogada de Cleusemar Cardoso e Ademir Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso, disse que os dois “são doentes”. A declaração foi dada na frente da dele já onde os dois estão presos por suspeita de envolvimento na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido.

    Lidiane Roque, que assumiu a defesa dos dois suspeitos, disse que a linha de defesa será atestar a incapacidade mental dos familiares de Djidja, pelo fato de serem usuários de alguns tipos de drogas. No mandado de prisão, a justiça elenca tráfico de drogas como um dos possíveis crimes apontados contra Cleusimar e Ademir.

    Entenda o caso

    Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.

    Outros familiares da ex-sinhazinha acusam as pessoas mais próximas a ela de praticar crimes na casa da vítima, inclusive que faziam ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou os indiciados de negar socorro à vítima e incentivar seu vício em drogas.

    “A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar.

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