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    Roberto Kalil Filho diz que usou hidroxicloroquina, mas pede cautela

    Roberto Kalil Filho foi diagnosticado com a doença na semana passada e afirmou que recebeu uma série de medicações

    O cardiologista Roberto Kalil Filho foi diagnosticado com COVID-19 na semana passada
    O cardiologista Roberto Kalil Filho foi diagnosticado com COVID-19 na semana passada Foto: Divulgação

    Da CNN, em São Paulo

    O cardiologista Roberto Kalil Filho, do Hospital Sírio-Libanês, admitiu que fez uso da substância hidroxicloroquina para tratar o novo coronavírus, com o qual foi diagnosticado na semana passada.  Ele ressaltou, no entanto, que o seu caso pessoal não pode influenciar o uso indiscriminado do remédio, que ainda não foi respaldado por estudos científicos avançados.

    Durante o programa Jornal da Manhã, da rede Jovem Pan, desta quarta-feira (8), o médico disse que foi internado no dia 30 com uma pneumonia em grau avançado e foi diagnosticada a COVID-19. Segundo Kalil, chegou-se a cogitar a transferência dele para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas acabou não sendo necessário.

    O médico contou que recebeu uma série de medicações e lhe foi oferecido tratamento com a hidroxicloroquina, o que ele “obviamente” aceitou.

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    “Tudo o que eu não quero, pela ética médica, é influenciar outros tratamentos”, disse Kalil. “Se eu estou falando com você para milhares de pessoas que usei cloroquina, todo mundo vai querer inadvertidamente usar cloroquina. E isso é uma responsabilidade muito grande.”

    O cardiologista explicou que lhe foi proposto tratamento com antibióticos, anticoagulantes e oxigenoterapia, além da hidroxicloroquina. “O médico tem que dar para o paciente tudo o que é de conhecimento pro bem do doente”, disse.

    Ele afirmou que, embora não existam estudos que comprovem o benefício da substância, “em uma situação de paciente mais grave, acho que tem que ser ponderado o uso”.

    Kalil esclareceu que, além de hidroxicloroquina, também tomou corticoide, antibiótico e anticoagulante. Ele ressaltou que indicaria a substância aos pacientes dele que estão internados com quadro mais avançado, desde que haja monitoramento e seja combinada com outros medicamentos.