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    Calor sufocante atua como uma tampa de panela retendo calor, diz meteorologista à CNN

    Meteorologista prevê que ar seco predomine no país até meados da semana que vem

    Flávio Ismerimda CNN* , São Paulo

    A meteorologista da MetSul, Estael Sias, afirmou à CNN, nesta segunda-feira (18), que o calor sufocante que atinge o Brasil nesta semana funciona como uma tampa de panela.

    A previsão, segundo Estael, é que, até meados da semana que vem, o país atravesse um período prolongado de ar seco que se intensifica com o passar dos dias.

    “[O calor] cria o mecanismo de feedback, em que o ar seco esquenta mais a atmosfera e a atmosfera acaba deixando o ar mais seco. Ele forma uma verdadeira cúpula de calor. A gente tem que imaginar como se fosse uma tampa de panela segurando esse calor em superfície e a cada dia que passa mantendo esse ar seco”, explicou a meteorologista.

     

    A previsão aponta que uma onda de calor sufocante atingirá a região Sudeste nesta semana, trazendo altas temperaturas e tempo firme, segundo a Climatempo.

    Não deve chover em Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, e na maior parte de Minas Gerais. No Triângulo Mineiro, no interior e na região metropolitana de São Paulo, muito sol e altas temperaturas, mas com condições de pancadas de chuva à tarde. Na capital paulista, os termômetros devem passar de 32 °C.

    A bolha de calor sufocante deve atingir, sobretudo, os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Paraguai.

    “A gente acredita que essa seja a região mais crítica em relação a marcas de temperatura e com potencial com recordes, quem sabe até quebrando aquele recorde de 2020, que a gente teve 44,7 °C em Nova Maringá (MT)”, afirmou Estael.

    A expectativa, segundo a meteorologista, é que as regiões Sudeste e Centro-Oeste registrem temperaturas mais altas do que as que serão vistas no durante o verão.

    “O verão é chuvoso no Sudeste e Centro-Oeste, então dificilmente teremos marcas mais altas de temperatura nessa região no verão do que agora”, declarou.

    Veja também: Cactos não resistem à onda de calor no Arizona

    Veja impactos das mudanças climáticas

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    *Entrevista produzida por Vinícius Tadeu

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