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    Calor extremo no Brasil é resultado de “empilhamento de fenômenos”, diz especialista

    Mudanças climáticas, El Niño e sistema de pressão atmosférica se somam e trazem onda de calor

    Da CNN*

    Meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento afirmou que a nova onda de calor que atinge o Brasil é resultado de “empilhamento de fenômenos”, que vão do longo ao curto prazo.

    O especialista destaca que um primeiro fator a ser considerado é o efeito das mudanças climáticas, que eleva de maneira generalizada a “régua” das temperaturas ao redor do mundo.

    Um segundo fator é o chamado El Niño, que deve persistir por meses. No curto prazo há ainda um terceiro fator, um sistema de alta pressão predominando em parte do país.

    “Há um terceiro sistema, este de mais curto prazo, que é um sistema de alta pressão predominando por boa parte do Brasil. Esse sistema inibe a formação de nuvens carregadas e bloqueia a passagem da frente fria”, explica.

    O Brasil viverá uma nova onda de calor com recordes históricos nos próximos dias. Segundo a empresa MetSul, mesmo cidades habituadas ao clima quente poderão ter máximas até 15ºC superiores à média para o período.

    Em São Paulo, a capital está em estado de atenção para altas temperaturas, decretado pela Defesa Civil Municipal. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura, hoje os termômetros devem marcar até 35°C, e amanhã à tarde, 37°C.

    Em alguns municípios, principalmente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C neste semana. Na terça-feira, 7, o município de Porto Murtinho (MS) já registrou 42,3°C. Em Cuiabá, a temperatura chegou a 40,4°C.

    Veja também: Fim de semana será de calor em quase todo o país

    *Publicado por Danilo Moliterno; produzido por Carol Raciunas.

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