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    Cabeleireira afirma à polícia que Monique ligou para Henry após suposta agressão

    A funcionária afirmou não lembrar a frase exata, mas a criança disse que 'o tio bateu' ou 'o tio brigou'

    Isabelle Saleme e Thayana Araújo, , da CNN, no Rio de Janeiro

    Uma funcionária do salão de beleza que costumava ser frequentado por Monique Medeiros, mãe do menino Henry, prestou depoimento na última quarta-feira (14), na delegacia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

    Segundo o termo de declaração aos investigadores, obtido pela CNN, a cabeleireira contou que a cliente fez uma chamada de vídeo com o filho enquanto estava sendo atendida. A criança, chorando, teria dito: “mãe, eu te atrapalho? O tio disse que te atrapalho”. Monique, então, de acordo com o relato, teria dito que não. Durante a conversa, o menino teria, ainda, pedido para a mãe ir para casa e a mãe perguntou o que teria acontecido. A cabeleireira afirmou não lembrar a frase exata, mas a criança disse que “o tio bateu” ou “o tio brigou”.

    Na declaração aos investigadores, a cabeleireira contou que, então, a babá filmou o menino andando para mostrar que ele mancava. Monique, de acordo com o relato, perguntou o que tinha acontecido e a funcionária (Thayná de Oliveira) respondeu que não viu porque a porta estava trancada.

    Em depoimento à polícia, a cabeleireira disse ainda que se afastou da cliente e quando voltou, percebeu que ela estava agitada. Em outra ligação telefônica, ela conta que Monique teria dito “você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada”. A funcionária do salão disse aos investigadores se lembrar de mais um trecho da conversa, em que Monique disse “você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou embora junto, porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma, quem me contou foi ele”. Segundo o termo de declaração à polícia, a funcionária do salão contou que ouviu ainda a cliente dizendo aos gritos “quebra, pode quebrar tudo mesmo, você já está acostumado a fazer isso”.

    Ainda de acordo com o depoimento, Monique perguntou para a cabeleireira se ela conhecia alguma loja que vendesse câmeras no shopping. A cliente, então, teria dito para a profissional que estava com pressa e precisava ir embora. Depois disso, a professora teria voltado ao salão outras duas vezes.

    Os novos advogados de Monique confirmaram em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira (14) que ela prestará um novo depoimento à polícia. 

    “Chegou o momento de Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de prestar um novo depoimento com o requerimento que nós fizemos à autoridade policial e o que nós entendemos é que nesse momento ninguém pode falar em nome da Monique, a Monique precisa falar e a estratégia que a defesa tem é única e exclusivamente uma, que a Monique diga a verdade”, disse o advogado Hugo Novais.

    Uma das advogadas do caso também disse que a prisão de Monique na verdade a “liberta”., sugerindo que agora ela terá oportunidade de uma defesa independente e adequada. “Por incrível que parece a situação é tão trágica que a prisão da Monique na verdade representa sua libertação contra a opressão e o medo”, disse Thaise Assad.

    No dia 17 de março, Monique prestou depoimento à polícia, pouco mais de uma semana depois da morte do filho. Na ocasião ela disse que “não acredita que Jairinho tenha feito qualquer coisa contra seu filho, até porque a relação entre eles era boa e ele sempre tentava cativar o amor de Henry”.

    Irmã de Jairinho nega conhecimento de supostas agressões 

    Também nesta quarta-feira, a irmã de Jairo Souza Santos Júnior — o Dr. Jairinho — foi ouvida no inquérito que apura supostas agressões ao menino Henry Borel, de quatro anos. Ela ficou na delegacia por cerca de cinco horas e saiu escondendo o rosto. A CNN apurou que a irmã do vereador negou que soubesse das supostas agressões.

    Na última segunda-feira (12), Thayná de Oliveira, a babá da criança, contou à polícia em depoimento que foi a irmã de Jairinho teria pedido para que ela contasse tudo o que sabia. Segundo o relato da baba, quando ela começou a narrar o que teria sido o segundo episódio de agressão ao menino, a irmã do vereador a teria interrompido e dito para que ela não fosse “juíza do caso do meu irmão. Menos é mais”. Thayná disse que entendeu que não era para comunicar o que viu a polícia. Ainda segundo a babá, a irmã de Jairinho perguntou se havia alguma conversa armazenada no celular dela, mas as mensagens já haviam, de acordo com ela, sido apagadas a pedido de Monique.

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