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    Brigadeiro da Aeronáutica comandará pente-fino em presídios no RJ

    Obras, serviços e compras para enfrentar a pandemia nas cadeias serão analisados no Luiz Tirrê Freire

    Brigadeiro intendente da Aeronáutica, Luiz Tirrê Freire
    Brigadeiro intendente da Aeronáutica, Luiz Tirrê Freire Foto: Divulgação/FAB

    Pedro Duran, da CNN, no Rio de Janeiro

    O brigadeiro intendente da Aeronáutica, Luiz Tirrê Freire, foi o escolhido para comandar o pente-fino nos contratos da Administração Penitenciária do Rio de Janeiro. Ele foi escolhido pelo governo de Cláudio Castro para ocupar o cargo de subsecretário de Administração, que é justamente o responsável por cuidar da parte logística e estrutural das cadeias fluminenses.

    A nomeação é uma resposta à prisão do então secretário, Raphael Montenegro, flagrado em uma escuta propondo um acordo com um dos chefes do tráfico no Rio de Janeiro dentro de um presídio federal no Paraná. 

    As investigações dão conta de que ele também facilitou a entrada de itens proibidos em presídios (como salgado, refrigerante e bolo para festa de aniversário de um traficante), além de favorecer a transferência de presos. 

    Para o lugar dele, Castro nomeou o delegado da Polícia Federal Victor Hugo Poubel, apontado pelo governador como alguém capaz de “integrar forças estaduais e federais”.

    Freire foi vice-reitor da Universidade da Força Aérea do Rio de Janeiro e esteve à frente do Comando Logístico da Área de Operações. A ele caberá analisar os contratos de oito presídios na cidade do Rio de Janeiro e 20 em Niterói e no interior do estado, além das 25 unidades prisionais dentro do complexo de Gericinó, em Bangu. Ao todo, o estado do Rio de Janeiro tem cerca de 50 mil detentos e mais de 1.500 servidores nessa área.

    É justamente em Gericinó, área com a maior concentração de detentos no Rio de Janeiro, que o militar encontrará o maior número de contratos para serem analisados. 

    Entre outras coisas, ele avaliará as compras mais recentes, feitas para o enfrentamento do novo coronavírus dentro do sistema prisional. Foram compradas mais de 481 mil máscaras descartáveis, 172 mil luvas cirúrgicas, 4,6 mil litros de álcool em gel e líquido, 1,2 mil face shields, 561 óculos de segurança, água sanitária e termômetros infravermelhos.

    As visitas para os presos foram retomadas no dia 3 de maio. Até agora, o sistema prisional fluminense já teve 25 mortes por causa da Covid-19 e 586 infectados.