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    Brasil recupera 998 fósseis contrabandeados de parque arqueológico cearense

    Carregamento encontrado na França inclui fósseis de peixes, insetos, aves, plantas e até pterossauros

    Renata Souzada CNN , em São Paulo

    O Brasil conseguiu recuperar na França 998 fósseis contrabandeados em 2013 do Geoparque Araripe, no Ceará. O carregamento inclui fósseis de peixes, insetos, aves, plantas e até pterossauros – espécie de répteis voadores.

    Para garantir o retorno dos materiais, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil contou com a cooperação da diplomacia francesa.

    O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, que cumpre agenda na França, representou o governo federal na cerimônia que marcou o início das remessas ao país na terça-feira (24), na comuna de Le Havre, a cerca de 200 quilômetros de Paris.

    “É com grande satisfação que o Governo Brasileiro recebe esses 998 fósseis contrabandeados do Geoparque Araripe. Desde 2013 há um trabalho do nosso corpo diplomático para conseguir a repatriação deste material, que se constitui em um patrimônio cultural e histórico do povo brasileiro e de toda a humanidade”, afirmou Ronaldo Bento.

    O conjunto de peças é de extrema importância para estudos científicos. A região do Araripe, de onde foram levados os objetos históricos, é a principal jazida brasileira de fósseis do período Cretáceo e o maior depósito de restos de pterossauro no mundo.

    “Não são apenas materiais. São bens culturais, porque têm traços da identidade do povo Cariri. São especiais do ponto de vista de ciência. Para a ciência nacional hoje é um dia marcante”, afirmou Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri, de Santana do Cariri (CE), que também esteve na cerimônia.

    Para o embaixador do Brasil na França, Luis Fernando de Andrade Serra, a cerimônia marcou o trabalho de longa data realizado pelas duas chancelarias e por autoridades de segurança pública pela restituição das peças.

    “É o início de uma grande aventura para reaver todas as peças fósseis roubadas que estão aqui na França. Contamos com essa cooperação das autoridades francesas e estamos certos de que haverá outras restituições”, disse.

    Além do embaixador, o cônsul do Brasil na França, Emmanuel Guillemette, acompanhou o evento.

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