Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasil lidera expedição de navegação costeira na Antártida

    Objetivo é percorrer toda costa do continente; equipe é coordenada por pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Isadora Airesda CNN , Porto Alegre

    A partir do dia 22 de novembro até o dia 25 de janeiro do próximo ano, o Brasil vai liderar a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, que percorrerá mais de 20 mil quilômetros da costa do continente antártico.

    O objetivo é percorrer toda a costa a partir de um navio quebra-gelo. A equipe sairá do porto de Rio Grande, na região sul do Rio Grande do Sul.

    A expedição contará com 27 cientistas brasileiros e outros 34 vindos de seis países (Argentina, Chile, China, Índia, Peru e Rússia). A coordenação da navegação será feita pelo pesquisador e explorador polar Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Durante a expedição, os pesquisadores irão coletar amostragens ao longo da costa e mapear a biodiversidade marinha do continente. Com estes dados, será possível estudar o impacto das mudanças climáticas nas geleiras e ecossistemas costeiros da Antártica.

    Brasil participará de evento que irá circum-navegar o continente antártico
    Brasil participará de evento que irá circum-navegar o continente antártico • Divulgação

    De acordo com o líder da expedição, a diferença desta navegação é que ela será realizada o mais perto possível da costa do continente. “Apoiaremos um levantamento geofísico dessas frentes de geleiras para entender como elas respondem ao aquecimento da atmosfera e do oceano”, explica ele.

    Francisco Eliseu Aquino, professor da UFRGS, vai coordenar as pesquisas do grupo de climatologistas durante a expedição e reforça o pioneirismo da circum-navegação.

    “Ela permite interagir com a diversidade de tempestades, eventos extremos, estudar o ciclo hidrológico examinando as conexões entre a região tropical e a Antártica. Também faremos perfurações na neve e gelo para investigar a variabilidade do clima e da química da atmosfera ao longo dos últimos 100 anos”, diz Aquino.

    Tópicos