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    Brasil bate recorde de emissão de carbono e tem quase 100% mais queimadas em 2024

    Centro-Oeste e Sudeste tiveram aumento de focos em mais de 200% em comparação com o ano passado

    Letícia Cassianoda CNN* , em São Paulo

    O Brasil bateu recorde de emissões de carbono desde que os dados passaram a ser monitorados, há mais de duas décadas. A informação é do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams), da União Europeia.

    Segundo o Cams, do começo do ano até o momento, foram liberadas 180 megatoneladas de carbono em decorrência dos incêndios florestais. Esse número coloca o ano de 2024 no mesmo nível de 2007, quando o país bateu o recorde anterior.

    Até a última segunda-feira (23), foram detectados 202.102 focos de incêndio, um número 98% maior do que o registrado em todo o ano de 2023. De acordo com o Climatempo, esse é o maior número em sete anos.

    Somente em setembro, cerca de 60 megatoneladas do gás foram emitidas, principalmente do bioma amazônico.

    Emissões por região

    O Cams também realizou um levantamento regional, que coloca os estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul como os principais emissores. Essas regiões somaram o maior volume de carbono registrado até hoje.

    A região Norte liderou o número de focos, com quase 92 mil até então, representando um aumento de 89% de um ano para o outro.

    Mesmo no topo da lista, a região não teve um aumento tão expressivo quanto o Centro-Oeste e o Sudeste, que tiveram aumento de 248 e 202%, respectivamente.

    Já a região sul contabilizou o maior número desde 2020. Mesmo com meses seguidos de frio e chuva constantes, foram registrados 5.477 focos, um aumento de 32%.

    Enquanto isso, o Nordeste foi a única região que reduziu a quantidade de incêndios em vegetação. Ao todo, foram contados 24.550 focos, um número ainda alto, mas que representa uma redução de 3% em comparação com 2023.

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