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    Bolsonaro revoga decreto que assinou e permitia ao Exército voltar a ter aviões

    Presidente voltou atrás pois decisão foi vista por alguns brigadeiros como inoportuna

    Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio da Alvorada
    Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio da Alvorada Foto: Adriano Machado - 12.mai.2020 / Reuters

    Depois da reação de integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu revogar o Decreto 10.386, baixado na semana passada, que permitia ao Exército voltar a ter aviões. 

    O recuo de Bolsonaro está publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8). O mesmo ato restaura a vigência do Decreto 93.206/1986, que dava ao Exército a permissão para operar apenas helicópteros.

    O aval do presidente ao Exército foi visto por brigadeiros como inoportuno. Eles criticaram “a oportunidade da medida”, um período de crise econômica, em que as verbas para o setor de defesa estão escassas. 

    Brigadeiros também alegaram que a medida pode afetar a operação conjunta das duas Forças. “O problema não é o Exército ter sua aviação, mas o momento da decisão, que não é oportuno”, afirmou o tenente-brigadeiro-do-ar Sérgio Xavier Ferolla, ex-presidente do Superior Tribunal Militar (STM).

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    O decreto anulado nesta segunda por Bolsonaro foi publicado no dia 2 de junho para conceder ao Exército, após 79 anos, o direito de ter aeronaves de asa fixa. O texto dizia que os Comandos da Marinha e da Aeronáutica iriam cooperar para a reestruturação da Aviação do Exército e que este utilizaria a rede nacional de aeródromos, além de contar com o apoio de instalações e serviços aeronáuticos das outras duas Forças.

    Com a revogação, fica valendo a regra anterior, editada em decreto de setembro de 1986, que criou a Aviação do Exército, “destinada à operação de helicópteros necessários ao cumprimento da missão da Força Terrestre”.