Presidente da ABAG cita ‘boicote silencioso’ ao Brasil por questão ambiental
Marcello Brito, da Associação Brasileira do Agronegócio, diz que o setor privado não deve escolher os nomes para o governo, mas fazer alertas
Após os presidentes de 37 grandes companhias e quatro associações empresariais enviarem uma carta ao vice-presidente Hamilton Mourão pedindo “fiscalização rigorosa” do desmatamento da Amazônia, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) Marcello Brito, diz que o setor privado não deve escolher os nomes para o governo, mas que é função deles fazer um alerta.
“Cabe a nós fazermos alertas de que alguma coisa não está indo bem e que há sinal amarelo aceso para que providências sejam tomadas. Não cabe ao setor privado escolher nomes para o presidente.”
Britto diz, ainda, que o boicote ao Brasil é “silencioso”.
Segundo ele, quem acompanha o mercado nacional e internacional viu que é hora de enviar um recado aos governantes nessa questão “que atrapalha a reputação do Brasil.”
Leia também
Após investidores estrangeiros, Mourão vai debater Amazônia com CEOs do Brasil
Parques de São Paulo devem reabrir com restrições a partir da próxima semana
Brito alega que o país já começou a ser impactado por uma visão internacional negativa em relação a manutenção do meio ambiente do país, e que é um processo que se iniciou no ano passado, mas se agravou com o aumento de desmatamentos e queimadas de 2020.
“Os impactos nos negócios do Brasil não começaram agora, mas desde o ano passado. Ganhou contorno com o crescimento dos desmatamentos e queimadas neste ano. Isso começa a se mostrar em ações pontuais e boicotes silenciosos.”