Biden deve proibir maioria das viagens da Índia para os EUA para frear Covid-19
País asiático relatou mais de 300 mil novos casos por dia durante nove dias consecutivos
Espera-se que o presidente dos EUA, Joe Biden, imponha novas restrições a viagens para a Índia a partir de terça-feira (4), em meio ao aumento de casos no país, impedindo a maioria dos cidadãos não americanos de entrar nos Estados Unidos, disse um funcionário da Casa Branca à Reuters.
As novas restrições seguem o conselho dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e são impostas “à luz das cargas de casos COVID-19 extraordinariamente altas e múltiplas variantes que circulam na Índia”, disse o oficial. Um anúncio formal é esperado para esta sexta e a política entrará em vigor na terça-feira, 4 de maio.
Biden em janeiro emitiu uma proibição semelhante à maioria dos cidadãos não americanos que entraram no país e que estiveram recentemente na África do Sul. Ele também impôs uma proibição de entrada a quase todos os viajantes não americanos que estiveram no Brasil, no Reino Unido, na Irlanda e em 26 países da Europa que permitem viagens através das fronteiras abertas.
A política significa que a maioria dos cidadãos não americanos que estiveram em um desses países – e agora na Índia – nos últimos 14 dias não estão qualificados para viajar para os Estados Unidos. China e Irã também estão cobertos pela política.
Perdendo apenas para os Estados Unidos no total de infecções, a Índia relatou mais de 300 mil novos casos por dia durante nove dias consecutivos, batendo outro recorde global de 386.452 na sexta.
O total de mortes ultrapassou 200 mil e os casos estão se aproximando de 19 milhões – quase 8 milhões desde fevereiro somente – à medida que novas cepas virulentas se combinaram com eventos de “super-propagação”, como comícios políticos e festivais religiosos.
Os especialistas médicos dizem que os números reais podem ser cinco a dez vezes maiores do que a contagem oficial.
Outros países impuseram restrições semelhantes a viagens na Índia, incluindo Reino Unido, Alemanha, Itália e Cingapura, enquanto Canadá, Hong Kong e Nova Zelândia suspenderam todas as viagens comerciais com a Índia.
Residentes permanentes dos EUA e membros da família e alguns outros cidadãos não americanos estão autorizados a retornar aos Estados Unidos sob a ordem.
