Presidente de associação comercial cita ‘falta de diálogo’ após fechamento em BH
Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, diz que lojistas que já estavam abertos seguiam todos os protocolos exigidos
A prefeitura de Belo Horizonte anunciou na sexta-feira (26) que, a partir de segunda (29), só os serviços essenciais poderão funcionar na capital mineira, recuando da decisão de reabrir o comércio para a retomada da economia. A medida visa conter o aumento na ocupação de leitos de UTI e os casos de pessoas contaminadas pela Covid-19.
Para Marcelo de Souza e Silva, presidente da Confederação de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, faltou diálogo por parte do executivo com os setores afetados pela decisão.
“Nossa palavra é de indignação. A gente vê essa falta de diálogo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que está sacrificando mais uma vez o comércio e serviços da capital, sendo que poderia continuar com essa abertura gradual e segura que está ocorrendo”, afirmou em entrevista à CNN neste sábado (27).
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Belo Horizonte foi a primeira capital a iniciar a flexibilização do isolamento social, no dia 25 de maio. Segundo Silva, desde então os comércios e serviços que abriram, de forma gradual, estão cumprindo todos os protocolos exigidos pelas autoridades de saúde, como a dispinibilização de álcool em gel, a exigência do uso de máscaras e evitando aglomerações.
“Temos certeza que não são o comércio e serviços os ocupados pelo aumento dos índices [de Covid-19] na cidade. Desde março, quando foi feito o primeiro fechamento das lojas e estebelcimentos em BH, os especialistas já falavam que em junho teria o aumento do contágio e prefeitura não se preparou”, alegou Silva.
(Edição de Luiz Raatz)