Basília Rodrigues: Cid Moreira se reinventou e alcançou várias gerações
Jornalista faleceu vítima de pneumonia, deixando um legado que atravessou gerações, da televisão às redes sociais, reinventando-se constantemente
O renomado jornalista Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, vítima de pneumonia. Sua partida marca o fim de uma era na comunicação brasileira, deixando um legado que transcendeu gerações e meios de comunicação.
Cid Moreira foi uma figura icônica do jornalismo brasileiro, conhecido principalmente por sua voz potente e marcante. Sua carreira abrangeu diversos formatos e públicos, desde a apresentação do Jornal Nacional até narração de documentários e, mais recentemente, conteúdos para redes sociais.
Uma voz que atravessou gerações
A versatilidade de Cid Moreira foi notável. Ele alcançou públicos de diferentes idades e interesses, desde a narração da Bíblia até sua participação no programa ‘Mister M’. Seu profissionalismo e capacidade de adaptação foram evidentes em cada projeto que abraçou.
Nos últimos anos, Cid se reinventou nas redes sociais, mostrando um lado mais descontraído ao lado de sua esposa, Fátima. Conhecido carinhosamente como ‘Cidão’, ele conseguiu manter sua relevância e conquistar novas audiências, provando que a idade não é impedimento para se manter ativo e conectado.
Legado e valores jornalísticos
Cid Moreira representava valores jornalísticos que, segundo muitos, estão em falta não apenas no jornalismo, mas na sociedade como um todo. Sua abordagem era marcada pela civilidade, capacidade de ouvir e entender diferentes perspectivas, além de uma notável habilidade de compartilhar espaço com quem pensava diferente.
Sua trajetória foi caracterizada pela isenção, objetividade e um carisma único, qualidades que o tornaram uma referência para muitos profissionais da imprensa. Mesmo após se afastar da televisão, Cid manteve sua relevância, narrando a Bíblia em um projeto que se tornou extremamente popular.
A perda de Cid Moreira aos 97 anos é sentida por muitos que o viam como um símbolo de longevidade e qualidade de vida. Seu legado permanece não apenas em sua obra, mas também na inspiração que deixa para as futuras gerações de comunicadores e para todos que buscam viver com propósito e paixão até o fim da vida.
