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    Baronovsky: Comércio pagará a conta se houver nova onda da pandemia

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (3), o comentarista Ricardo Baronovsky fala sobre realização de festas de fim de ano no Brasil

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (3), o comentarista Ricardo Baronovsky avalia o cancelamento de festas de Réveillon e Carnaval em diversas capitais do Brasil após a chegada da variante Ômicron ao país ter sido confirmada.

    Em entrevista à CNN na última quinta-feira, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que a tradicional festa de fim de ano na cidade, realizada na Avenida Paulista, não será realizada. Ao todo, 20 capitais optaram pela revisão das comemorações da virada.

    Para Baronovsky, a flexibilização neste momento da pandemia é “preocupante”. Ele defende a importância econômica dos eventos, mas afirma que a população não quer uma quarta onda de infecções, como a que diversos países europeus enfrentam no momento.

    “Há um argumento muito falacioso em relação às festas de fim de ano e Carnaval. Sei que elas têm abrigo na ordem social e que movimentam a economia, mas escolas, comércio e indústria também geram empregos e, se tivermos uma quarta onda, são eles que pagarão a conta.”

    “Na medida para ser adotada, entre a prevenção, que é um dano certo, e a precaução, que é um dano cientificamente incerto, eu adoto a precaução. Na dúvida, favoreça a saúde e a vida a fim de que o comércio não pague a conta mais uma vez”, disse.

    O comentarista também se posicionou contra a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras, outro item que Nunes recuou – a capital seguiria a recomendação do governo estadual de liberar o uso em locais abertos, mas deve aguardar novos estudos sobre a Ômicron.

    “Quem vai decidir se eu saio na rua com máscara ou sem, são os médicos. São eles que vão arcar com o prejuízo de UTIs lotadas, respiradores… é o que chamamos de escolhas trágicas”, ressaltou. “Isso [o surgimento de uma nova variante] mostra para a gente como essa doença é grave, é incerta e a medicina não consegue cercá-la por completo.”

    Baronovsky também afirmou que a posição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que defende a não realização das festividades apesar de ter sido contrário ao isolamento, não demonstra incoerência. “Mais uma vez, a ideologia atrapalhando o nosso julgamento. A gente tem Réveillon, Natal e depois vai ter Páscoa, que seja. É a mesma regra. Onde vale os mesmos fatos, vale o mesmo direito.”

    “Não me interessa se é o Bolsonaro ou outro governante que está analisando. Quem devemos escutar é a medicina. São festas em que há aglomeração, um contato mais próximo e um descuido das pessoas envolvidas”, concluiu.

    O Liberdade de Opinião desta sexta-feira (3) teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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