Bares e restaurantes de BH seguem fechados após impasse do setor com Kalil
Lojistas relatam que não conseguem negociar reabertura
A reabertura de bares e restaurantes em Belo Horizonte continua sem previsão, mesmo após reunião de representantes do setor com a prefeitura nessa quinta-feira (24). Os donos de estabelecimentos relatam que não conseguem negociar a retomada com a gestão municipal.
Com o aumento no número de casos de Covid-19 e a alta ocupação de UTIs na cidade, o comércio segue fechado desde março.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) divulgou nota criticando a postura da administração do município. De acordo com a entidade, “a prefeitura mais uma vez não deu nenhum passo ou esperança para a previsão de reabertura”.
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Já a Abrasel, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, que também estava presente, disse que há um compromisso da prefeitura de revisar o seu plano de reabertura, levando em consideração as sugestões da associação.
Na semana passada, a prefeitura apresentou protocolo para funcionamento do comércio na capital mineira durante a pandemia. No entanto, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD), o comércio deve permanecer fechado até que os índices epidemiológicos permitam a reabertura.
De acordo com o documento, shoppings, centros comerciais, bares e restaurantes poderão receber apenas uma pessoa a cada 7m².
Os locais têm que garantir a medição da temperatura de clientes e funcionários. Será permitido o uso das calçadas, mas o espaço deverá ser isolado, para evitar aglomerações e circulação.
Cinemas, parques e demais atividades que possam causar aglomerações seguem proibidas.
Liminar
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou, na última segunda-feira (20), a reabertura de bares e restaurantes em BH que integrem a Abrasel, anulando o efeito do decreto nº 17.328, de 8 de abril, sobre o fechamento de todas as atividades comerciais na capital.
O processo foi movido pela Abrasel, que alega que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), cometeu abuso de poder. À CNN, o setor afirmou que espera abrir os estabelecimentos “o mais rápido possível” e com segurança.
Com 87% dos leitos ocupados, capital mineira já registra 16.100 casos e 417 mortes com causa do novo coronavírus.
Nessa quarta-feira (22), em decisão a recurso impetrado pela prefeitura, o desembargador Gilson Soares Lemes suspendeu a liminar que determinava a reabertura do setor na capital mineira.