Banho de cachoeira é registrado como patrimônio cultural em Bueno Brandão (MG)
O banho de cachoeira foi incluído no Livro dos Saberes do município por evocar "práticas milenares"
A Prefeitura de Bueno Brandão, no interior de Minas Gerais, decidiu incluir na última semana o banho de cachoeira, um ritual famoso e histórico da região, como patrimônio cultural imaterial da cidade.
A decisão foi tomada pelo Departamento de Cultura e pelo Conselho do Patrimônio da cidade depois de concluído um dossiê sobre a importância do banho de cachoeira para a cultura da região.
O Banho de Cachoeira de Bueno Brandão foi incluído no Livro de Registro dos Saberes do município.
Em um comunicado nas redes sociais, a Prefeitura de Bueno Brandão diz que o banho de cachoeira “evoca práticas milenares, que envolvem rituais de purificação do corpo, da alma e saberes médicos, científicos, sanitaristas e hábitos culturais”.
Ponto turístico
Bueno Brandão que é conhecida como a “Cidade das Cachoeiras” fica no sul do estado de Minas Gerais e está mais próxima de São Paulo (170 km) do que de Belo Horizonte (460 km).
O município tem a prática do banho em quedas de água não só como uma tradição entre os moradores, mas também entre turistas das cidades próximas e de outras partes do Brasil.
“Visitantes, turistas e banhistas buscam o município anualmente para repetir a prática do banho, para usar as cachoeiras como espaço de sociabilidade, de contemplação, de meditação e contato com a natureza”, diz a Prefeitura.
Proteção ambiental
Além de preservar os rituais, a transformação dos banhos de cachoeiras em patrimônio cultural visa “manter os mananciais ativos e com volume de água suficientes e próprios para banho, sem contaminação química ou biológica”, diz a gestão municipal.
No comunicado, a Prefeitura aponta ainda que, a regulação da ocupação consciente do solo “de forma harmônica com o bem cultural” ajuda a proteger as nascentes e as matas ciliares “que formam importantes corredores ecológicos”.
Erramos: o título do texto e a descrição da foto continham o nome incorreto da cidade, além disso, foi dito que o patrimônio foi registrado no Livro dos Saberes do Iphan, quando, na verdade, o registro foi feito no livro do município. O texto foi atualizado para refletir as informações corretas.