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    Babá de Henry Borel pode responder por falso testemunho, diz delegado

    Para os policiais, a babá mentiu no primeiro depoimento, quando não relatou as agressões que o menino supostamente sofria

    Pedro Duran, da CNN, no Rio de Janeiro

    Thayná de Oliveira Ferreira, babá do menino Henry Borel, de 4 anos, prestou, nesta segunda-feira (12), pela segunda vez, depoimento sobre a morte do garoto. Ela pode responder por crime de falso testemunho se não admitir as agressões relatadas nas trocas de mensagens com a mãe dele, Monique Medeiros, de acordo com o delegado Antenor Martins, diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

    Para os policiais, a babá mentiu no primeiro depoimento, quando não relatou as agressões que o menino supostamente sofria.

    Segundo o delegado, nenhuma hipótese está descartada: ela pode ter sido coagida, recebido dinheiro ou ter ficado com medo, já que a família de Dr. Jairinho, padrasto de Henry, é poderosa e influente.

    As investigações indicam que Jairinho ligou para o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), pedindo ajuda na liberação do corpo de Henry. 

    Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março
    Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março; padrasto e mãe falam em acidente, mas polícia investiga agressão
    Foto: Reprodução/Instagram

    Os advogados do casal negam que tenha havido coação ou manipulação no depoimento das testemunhas.

    Caso Thayná mude o depoimento e admita as agressões e mensagens trocadas um dia antes de o garoto ir ao hospital, as afirmações podem complicar a situação de Jairinho e Monique, pois demonstrariam que eles sabiam ou praticavam as agressões e não contaram.

    Babá relatou agressões em mensagens

    Thayná disse à polícia que Henry Borel e Jairinho não tinham atritos, mas uma perícia feita no celular dela mostrou que Thayná vinha denunciando para a mãe de Henry que a criança vinha sofrendo agressões do padrasto. 

    Henry morreu em 8 de março e, segundo as investigações, houve tortura contra a criança, mas a mãe não teria presenciado a cena. No dia da morte, o menino Henry Borel passou o dia com o pai e somente à noite foi entregue para Monique. 

    De acordo com as conversas obtidas pela Polícia Civil, as agressões teriam acontecido dentro do quarto do casal no apartamento em que o vereador, que era padrasto de Henry, e Monique moravam. Os prints das conversas foram recuperados pelos investigadores após Monique ter excluído os arquivos de seu aparelho.

    Os dois foram presos sob suspeita de interferência nas investigações. Em depoimento à Polícia Civil, a babá relatou nunca ter percebido nada de anormal nem ter visto qualquer marca de violência no corpo do menino.

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