Ausência de nuvens fortalece onda de calor; entenda
Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Anete Fernandes, as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas
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Temperatura passou de 34ºC na capital paulista neste sábado
Crédito: Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil. - 2 de 7
Pedestres se protegem do sol e calor no Viaduto do Chá, na região central de São Paulo, na manhã deste sábado (11)
Crédito: Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 3 de 7
Pessoas aproveitam dia de sol e calor na piscina do Sesc 24 de Maio, na região central de São Paulo, na manhã deste sábado, 11
Crédito: Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 7
Com as altas temperaturas, populares se refrescam nas fontes do Vale do Anhangabau
Crédito: Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil - 5 de 7
Jovens Luís e Giovana se refrescam no chafariz do Parque da Independência
Crédito: Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil - 6 de 7
Operação Altas Temperaturas, da prefeitura de São Paulo, na Praca da Republica, distribui agua e frutas para pessoas em situação de vulnerabilidade para amenizar o impacto do calor previsto para os próximos dias
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Pessoas tomam sol no Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, em Bela Vista
Crédito: Operação Altas Temperaturas, da prefeitura de São Paulo, na Praca da Republica, distribui agua e frutas para pessoas em situação de vulnerabilidade para amenizar o impacto do calor previsto para os próximos dias
A ausência de nuvens, que funcionam como uma espécie de controle das temperaturas, potencializa os efeitos da onda de calor que atinge o Brasil nesta semana, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Anete Fernandes.
A alta nas temperaturas, que atinge principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já estaria estabelecida.
“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, contou Fernandes.
De acordo com a meteorologista, a configuração de baixas pressões, característica dessa época do ano, está funcionando em grande parte do país. No entanto, em médios níveis da atmosfera, existe uma circulação de alta pressão que impede o desenvolvimento das nuvens de chuva.
“Quando há essa condição de baixa superfície e não tem as nuvens, isso potencializa ainda mais o aquecimento da atmosfera”, analisou Fernandes.
A onda de calor, segundo ela, tende a persistir por mais tempo no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no centro-norte do Paraná. “Toda essa área tende a permanecer com temperaturas elevadas, pelo menos, até a próxima sexta-feira (17)”.
Por volta de sexta-feira, a área atingida pela onda de calor muda ligeiramente, mas grande parte do país, incluindo Rio de Janeiro e Minas Gerais, continuará com a condição de altas temperaturas pelo menos até domingo (19).
“Isso vai manter temperaturas elevadas. No domingo, já tivemos temperaturas na ordem de 40°C em vários estados do país, e isso tende a persistir, pelo menos, até o próximo fim de semana no Rio de Janeiro, Minas Gerais, oeste de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, sul do Piauí, oeste da Bahia, Centro-Norte do Paraná, Rondônia, sudeste do Amazonas e sul do Pará”, disse, acrescentando que este fenômeno pode voltar a ocorrer durante a estação chuvosa.
“Se tivermos o veranico que ocorre durante período chuvoso, teremos temperaturas elevadas, não necessariamente configurando a onda de calor. Como estamos em ano de El Niño, e a irregularidade na estação chuvosa é uma característica, podemos, sim, ter outras ondas de calor. Entretanto, no momento não há perspectiva de uma outra tão cedo”, completou.
*Colaborou Cristiane Ribeiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro