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    Em um mês, número de casos de Covid-19 aumenta mais de 2500% no interior de SP

    Levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado aponta que o número de casos no interior cresceu 2.532%

    Marcela Rahal Da CNN, em São Paulo

    A região metropolitana de São Paulo deixou de ser o único foco de preocupação do governo do Estado. No último mês, entre os dias 3 de abril e 1 de maio, os casos do novo coronavírus dispararam no interior e litoral paulista. Segundo dados do Sistema de Monitoramento inteligente de São Paulo, levantados pela Secretaria de Desenvolvimento Regional, o número aumentou 2532% nesse período. Enquanto isso, na região metropolitana, epicentro da doença no Estado, o crescimento de casos foi bem menor, de 625%. 

     Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a queda na taxa de isolamento teve impacto significativo no interior do Estado. “Se a preocupação com o interior antes era menor, agora a gente vê uma aceleração no número de casos 4 vezes superior do que a da região metropolitana de São Paulo. As taxas de isolamento caíram e aumentaram o número de casos através de uma aceleração muito impactante”, alertou. 

     O vírus que estava restrito à região Metropolitana de São Paulo até o meio de março, avançou pelo interior e litoral e, em menos de 45 dias, se espalhou por todo território paulista, com casos confirmados em 332 municípios (51,5% dos 645 do Estado) e mortes registradas em 150 cidades. 

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     As regiões do interior que mais preocupam são Baixada Santista e Campinas. Segundo o secretário, além da velocidade do aumento do número de casos, a população do grupo de risco é alta nessas cidades. Vinholi afirma que o risco hoje é equivalente ao da região metropolitana de São Paulo. 
     
    A taxa de isolamento social ficou em 47% no Estado, nessa terça-feira. Há cerca de duas semanas essa taxa não chega aos 50%, em dias de semana. Em entrevista coletiva, o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, David Uip, disse que agora a taxa mínima de distanciamento social para o Estado conseguir o achatamento da curva da doença passou de 50 para 55%. Segundo Uip, o isolamento é a única “arma” disponível contra o vírus.

    O levantamento completo pode ser acessado neste link