Aulas em escolas e universidades ainda não têm data de retorno em SP
Secretário Rossieli Soares afirmou que estão trabalhando para que a volta aconteça com segurança
Após três meses de quarentena e em meio à retomada da atividade econômica no Estado de São Paulo, ainda não há data de retorno dos estudantes às aulas. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira (23), o secretário Rossieli Soares afirmou que estão trabalhando para que a volta aconteça com segurança.
O secretário demonstrou preocupação com o retorno dos alunos, da educação infantil até as universidades, observando o momento de reabertura econômica do Estado. “Estamos muito recentes, em um processo leve de reabertura, para colocar todos os treze milhões de estudantes [nas salas de aula]. Sem falar nos familiares, em quem vai levar e quem vai trazer.” E complementou que o Governo trabalha também em aspectos pedagógicos, uma vez que deverá haver recuperação e observação dos impactos causados pela pandemia nos alunos.
Nesta terça-feira (23), haverá reunião do Comitê de Saúde do Governo de São Paulo e, segundo ele, nos próximos dias poderão ter o anúncio de, pelo menos, uma “sistemática para dar uma luz à sociedade paulista.”
Questionado sobre um possível retorno no mês de Agosto, o secretário alegou que é difícil afirmar, porque o comércio acabou de retomar suas atividades e, a partir dessa abertura, regiões tiveram que retroceder. Por isso o governo está tomando cuidado para que a Educação volte em fases e em um momento de segurança.
Para ocorrer o retorno, em um primeiro momento voltarão 20% dos alunos, conforme anunciado em coletiva de imprensa no final do mês de abril. A previsão era, na época do anúncio, que a prioridade era para mães com crianças pequenas. No entanto, nesta manhã (23), Rossieli disse que não é certo qual turma voltará primeiro, usando como exemplo a experiência de outros países.
“[Há] considerações importantes em relação a calendário escolar. Então, quando a gente analisa um país, depende muito da condição. Hemisfério Norte tem um calendário que não começa no início do ano como a gente. O formato e as preocupações acabam se diferenciando”, afirmou. Em outro momento colocou que a ideia, “no caso da rede estadual, [é que] o estudante pode ir uma vez na semana, por exemplo.” Rossieli disse que está em contato com instituições privadas e municipais para poder avançar na discussão.
Questionado sobre o ano escolar estar perdido, o secretário disse entender que o ano é delicado e que há um impacto muito forte na aprendizagem, em que será necessário anos para recuperar. O planejamento da Educação está sendo feito para ir até o final do ano de 2022, “para voltar aos trilhos.”
No último dia 17 de Junho, o secretário recebeu alta do Hospital 9 de Julho, onde esteve internado por 15 dias após ter testado positivo para Covid-19. Na entrevista desta manhã, Rossieli informou que os primeiros sintomas foram leves e depois a doença progrediu. Neste momento, disse estar recuperado.