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    Atuação das milícias “perpassa” o Rio de Janeiro, diz promotor

    Polícia Federal e Ministério Público realizaram operação nesta quarta-feira para promover "asfixia financeira" desses grupos

    Cleber Rodriguesda CNN , No Rio de Janeiro

    Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (1º) para detalhar as ações de combate à milícia, o promotor Fábio Côrrea, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), afirmou que a atuação desses grupos já é uma realidade em outros estados brasileiros, e não só no Rio de Janeiro.

    “É uma organização cujas práticas perpassam o estado do Rio de Janeiro. Quer pelo fluxo intenso de armamento, quer pelo fluxo financeiro. Essas questões exigem uma repressão uniforme”, analisa o promotor.

    Nesta quarta, a Polícia Federal (PF) e o Gaeco realizaram uma nova etapa da operação “Embryo”, de combate à milícia no Rio de Janeiro. O objetivo da ação é promover a “asfixia financeira” dos grupos.

    Ao longo da manhã, cinco suspeitos foram presos. Segundo as investigações, um deles fazia parte do alto escalação da milícia em Rio das Pedras, na zona oeste da capital fluminense.

    Na tarde de terça-feira (31), dois milicianos foram presos na Barra da Tijuca, na zona oeste, também no âmbito da operação “Embryo”. Entre eles, Taillon de Alcântara Barbosa, acusado de chefiar a milícia em Rio das Pedras.

    No começo de outubro, traficantes assassinaram três médicos em um quiosque da Barra da Tijuca depois que uma das vítimas foi confundida com Taillon Barbosa, preso ontem. No dia seguinte, quatro corpos foram encontrados em dois carros. Segundo as investigações, as mortes foram determinadas por uma facção, após os criminosos matarem os médicos por engano.

    Ao todo, a Justiça do Rio de Janeiro expediu 13 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão na capital, em Saquarema e em Angra dos Reis. Em dois dias, dez pessoas foram presas. Dois PMs da ativa e um militar do exército foram presos em flagrante acusados de fazer a segurança do miliciano Taillon.

    “O Ministério da Justiça vem nos auxiliando no sentido de aumentar a nossa capacidade de investigação para que essas operações de hoje se tornem mais frequentes. Estamos recebendo reforço de equipes especializadas para desarticular os grupos criminosos que atuam no estado do Rio de Janeiro”, disse Leandro Almada, Superintendente da PF no Rio de Janeiro.

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