Atos das comunidades judaica e palestina marcam domingo (29) em São Paulo
Manifestações pacíficas pedem por cessar-fogo e libertação de reféns
Neste domingo (29), organizações realizaram atos pedindo pelo fim dos conflitos na Faixa de Gaza desde o ataque do grupo Hamas a Israel, no dia 07 de outubro. As manifestações ocorreram na Avenida Paulista e no Parque da Independência, em São Paulo.
Ativistas pela Palestina, organizações sociais e a comunidade que defende a libertação do estado fizeram uma caminhada pacífica pela Avenida Paulista. O ato pró-Palestina começou por volta das 11h na Praça Oswaldo Cruz, em frente ao Shopping Pátio Paulista.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, o grupo de manifestantes seguirá até o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). Ainda de acordo com a corporação, o ato permanece pacífico e sem ocorrências até às 13h deste domingo.
Imagens foram divulgadas nas redes sociais e mostram centenas de pessoas caminhando com a bandeira da Palestina, pedindo o fim dos ataques na Faixa de Gaza, cessar-fogo imediato e o “fim do genocídio na Palestina”.
Também neste domingo em São Paulo, organizações da comunidade judaica se reuniram para um ato pedindo pela libertação das crianças sequestradas pelo Hamas. A manifestação ocorreu no Parque da Independência, na capital paulista.
Segundo a divulgação da manifestação, a iniciativa partiu de um grupo de mães e contou com o apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e do Stand With Us Brasil.
Foi feita a instalação com ursos de pelúcia representando as crianças que estão reféns pelo grupo, da mesma forma que foi feito em Tel Aviv na última quarta-feira (25).
Relatório feito pelo fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que, segundo autoridades de Israel, pelo menos 224 israelenses foram sequestrados pelo Hamas na Faixa de Gaza, incluindo pelo menos 20 crianças. A atualização se refere à semana de 20 a 26 de outubro, divulgado na última sexta-feira (27).
“Esse ato tem o objetivo de conscientizar a todos que nesse atual momento mais de 200 reféns, pessoas inocentes, estão nas mãos do Hamas”, disse Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita de São Paulo. “Dentre esses reféns, pessoas totalmente desprotegidas foram retiradas do lado dos seus pais e suas mães, que estão mortos e assassinados”.
“Queremos mostrar que Israel sangra e ainda está sangrando”, continua Knobel. “A comunidade internacional precisa olhar isso e exigir dos parceiros desse grupo uma libertação imediata de todos esses reféns. É isso que queremos mostrar com esse ato aqui em São Paulo”.
Elisa Nigri Griner, diretora da Federação e uma das mães que teve a iniciativa de organizar o ato, explicou que ela e outras mães da comunidade se uniram para fazer a manifestação deste domingo. “Fomos atrás dos ursos, é uma iniciativa mundial com o propósito que soltem nossos reféns, libertem nossos reféns”, explica.
“É um apelo para o mundo: olhem por nós, olhem por essas crianças sequestradas”, continua Nigri Griner. “Por favor. Esse é um apelo de mães, de avós e de toda uma comunidade”.