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    Atirador de escola era vítima de bullying, diz advogado; jovem morta nunca teve contato com ele

    Família já havia feito boletim de ocorrência e disse ter comunicado escola sobre supostas perseguiçōes e ameaças

    Marcos Guedesda CNN , São Paulo

    O adolescente que matou uma jovem na manhã desta segunda-feira (23) era vítima frequente de bullying e matou uma jovem que sequer conhecia, segundo o advogado Antônio Edio, contratado pela família do agressor.

    A CNN teve acesso a um boletim de ocorrência registrado em abril deste ano em que a mãe do adolescente relata ameaças sofridas pelo filho tanto nas redes sociais quanto em outra escola que ele estudava.

    De acordo com a Policia Civil, o caso não seguiu adiante, pois não foram indicados possíveis responsáveis pelos crimes.

    A mãe do adolescente também teria levado reclamações à diretoria da escola que, segundo a versão da família, não teria tomado providências.

    “Lamentamos a fatalidade, a morte prematura e as vítimas feridas, mas que o estado não se omita da sua responsabilidade através da Secretaria da Educação”, disse o advogado.

    Sem contato com a vítima

    Fontes ligadas à investigação confirmaram que a vítima fatal era de outra turma e que sequer convivia com o agressor. Ela teria dado risada por achar que era uma brincadeira antes de ser alvejada.

    Outras duas vítimas feridas realmente conviviam com o adolescente e teriam se envolvido em uma briga com ele recentemente.

    Uma terceira pessoa ficou ferida com um corte no braço ao tentar fugir, mas ela não conhecia o agressor.

    Grupos de ódio e transmissão do crime

    As primeiras informações da investigação dão conta que o adolescente fazia parte de um grupo da plataforma Discord. Ele chegou a desenhar uma suástica com uma faca na perna esquerda para somar pontos. O ataque à escola seria outra etapa.

    De acordo com polícia, o adolescente foi incentivado a cometer os crimes e chegou a iniciar uma transmissão para o grupo na manhã de hoje.

    O adolescente será investigado por homicídio e duas tentativas de homicídio.

    Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP) lamenta profundamente e se solidariza com as vítimas do ataque, e que “trabalha para aprimorar o atendimento psicológico a toda comunidade escolar, bem como a segurança nas unidades educacionais”.

    A CNN procurou a Secretaria de Educação pra confirmar o recebimento dos comunicados e publicará a resposta assim que receber.

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