Até que ponto o auxílio emergencial pode aliviar o aumento da pobreza no Brasil?
A volta do auxílio emergencial pode não ser suficiente para reverter o quadro de extrema pobreza que cresceu no Brasil desde dezembro. Isso é o que indica um estudo conduzido pelo economista Lauro Gonzales, da Fundação Getúlio Vargas. A pesquisa aponta que o novo auxílio, com parcelas entre R$ 150 e R$ 350, não será suficiente para suprir as perdas de renda que mais da metade dos trabalhadores tiveram desde o início da pandemia. Os últimos dados sobre extrema pobreza no país, divulgados pelo Ministério da Cidadania e referentes a outubro do ano passado, indicam que 14 milhões de famílias viviam nesta situação até aquele mês. Já a estimativa dos pesquisadores da FGV é que o Brasil tenha fechado 2020 com mais de 25 milhões de brasileiros na miséria.
Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone fala sobre os impactos que a volta do auxílio emergencial pode ou não gerar no combate à pobreza, à pandemia e até à crise econômica. Quem participa da conversa é o professor e pesquisador Lauro Gonzalez, do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas. Gonzalez é autor do estudo que indica que o novo auxílio emergencial não compensa a perda de renda que trabalhadores brasileiros tiveram durante a pandemia. Também participa do episódio o economista Daniel Duque, que avalia o Orçamento de 2021 à luz da extrema pobreza no país e indica quais impactos o auxílio pode ter para a economia do país.
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