Apreendida pela PF, Lamborghini do “Rei do Bitcoin” é leiloada por R$ 845 mil
Lance inicial para arremate do veículo foi de R$ 629 mil
A Lamborghini Gallardo de Cláudio José Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”, foi leiloada, nesta sexta-feira (22), por R$ 805 mil. Com o acréscimo de algumas taxas, o valor final será de R$ 845,2 mil.
A apreensão ocorreu em julho do ano passado durante a Operação Daemon, da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Foram apuradas a prática de crimes de estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.
O veículo ano 2009/2010 é equipado com motor de 10 cilindros e 560 cv de potência, indo de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos, e podendo alcançar uma velocidade máxima de 325 km/h.
Até então, a Lamborghini estava com uma plotagem da PF, mas não era utilizada cotidianamente, apenas em ações específicas, como exposições e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado e descapitalização de bens das organizações criminosas, segundo a entidade.
Veja fotos do carro:
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Justiça Federal autorizou PF a caracterizar Lamborghini como viatura ostensiva • Divulgação/Polícia Federal
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Modelo Gallardo LP 560-4 é avaliado em aproximadamente R$ 800 mil • Divulgação/Polícia Federal
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Carro foi aprendido pela Polícia Federal em julho na Operação Daemon • Divulgação/Polícia Federal
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Com motor de 10 cilindros e 560 cv de potência, Lamborghini chega a 325 km/h • Divulgação/Polícia Federal
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Apesar da potência, veículo não será usado como viatura comum • Divulgação/Polícia Federal
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‘Lamborghini da PF’ aparecerá em exposições, eventos e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado • Divulgação/Polícia Federal
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Depois, será devolvido para a Justiça Federal e irá a leilão • Divulgação/Polícia Federal
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Valor arrecadado será destinado aos prejudicados na Operação Daemon • Divulgação/Polícia Federal
Conforme o site do grupo que realizou o leilão, o carro está em bom estado e possui algumas avarias e riscos. Ele será entregue no estado em que se encontra, não podendo ser atestado o funcionamento de todos os componentes mecânicos e elétricos.
Foram realizados 27 lances pelo comprador, que é do Rio de Janeiro. O valor inicial do veículo era de R$ 629 mil.
Entenda o caso
O Grupo Banco Bicoin, de Cláudio José Oliveira, oferecia serviços de investimentos que prometiam alto rendimento em curto prazo. Entretanto, os clientes realizaram diversas denúncias em 2019 informando que foram impedidos de sacar valores.
A partir disso, foi instaurada uma investigação pela Polícia Civil do Paraná junto da Polícia Federal. Foi chegada a conclusão de que Cláudio desviava valores do grupo para uso próprio, fazendo isso a partir de contas de terceiros.
(*Com informações de Murillo Ferrari e Vianey Bentes, da CNN)