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    Prefeito de Araraquara vai à polícia por receber ameaças de morte após lockdown

    Cidade restringiu circulação por dez dias e teve queda expressiva nas infecções e mortes por Covid-19, além de reduzir lotação de hospitais

    José Maria Tomazela, do , Estadão Conteúdo

    O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), denunciou à Polícia Civil, neste domingo (28), ter recebido ameaça de morte em razão das medidas que tomou para conter o avanço da Covid-19.

    A cidade ficou dez dias em lockdown e atualmente segue com medidas restritivas, seguindo a fase emergencial do Plano São Paulo. As ameaças foram feitas em rede social. A Delegacia Seccional de Polícia de Araraquara informou que foi aberto inquérito e o caso segue em investigação sob sigilo.

    Em uma das postagens, o internauta perguntou: “Alguém sabe onde o prefeito Edinho mora?”. Junto com a frase, o autor publicou figuras de explosões, caixões, faca e caveira.

    Outro internauta postou: “Duvido, você não tem coragem.” O primeiro internauta respondeu: “Aqui tem coragem, mas queria só um round com ele primeiro. Depois, ia esfaquear de baixo para cima.” As postagens foram colocadas à disposição da polícia.

    A assessoria de Edinho informou que o prefeito acompanha a investigação policial e está tranquilo. Na semana passada, a secretária municipal de saúde, Eliana Honain, já havia sido ameaçada em redes sociais devido às ações contra a pandemia. A Polícia Civil investigou o caso e enviou o inquérito relatado para o Ministério Público.

    Liminar derrubada

    As publicações contra o prefeito foram feitas depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubou a liminar que permitiu a abertura do comércio no sábado.

    Com a decisão, lojas e estabelecimentos voltaram a fechar – o comércio não essencial está fechado desde 8 de fevereiro, quando a região foi colocada na fase vermelha do plano estadual. As medidas ficaram mais restritas com o lockdown decretado no dia 21 de fevereiro, quando Araraquara enfrentava um colapso na saúde.

    A medida mais drástica durou dez dias e levou a uma queda expressiva nos casos e mortes pela Covid-19 na cidade, além de reduzir a lotação hospitalar.

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