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    Após captura nos EUA, Justiça do Tocantins retoma caso de Danilo Cavalcante

    Brasileiro ficou foragido por duas semanas após escapar de uma prisão nos Estados Unidos

    O brasileiro foragido Danilo Cavalcante após ser capturado nesta quarta-feira (13).
    O brasileiro foragido Danilo Cavalcante após ser capturado nesta quarta-feira (13). Polícia do Estado da Pensilvânia

    Gabriel FernedaJoão Victor Azevedoda CNN

    São Paulo

    O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) irá retomar, no dia 11 de outubro, o julgamento do caso do brasileiro Danilo Cavalcante. Nesta data, o TJ marcou a audiência de instrução do acusado.

    Danilo ficou conhecido por fugir de uma prisão onde estava nos Estados Unidos, após ter sido condenado a prisão perpétua pelo assassinato de sua ex-namorada Débora Brandão, em 2021.

    Ele foi capturado na quarta-feira (13), por volta das 9h da manhã, no horário de Brasília, pela polícia do estado da Pensilvânia, após duas semanas foragido.

    No processo que tramita no Brasil, ele é acusado de ter matado Válter Júnior Moreira dos Reis no dia 5 de novembro de 2017, em Figueirópolis, região sul de Tocantins. É sobre esse segundo crime que a Justiça irá se debruçar.

    Ele foi acusado de, na ocasião, ter atirado com uma arma de fogo em Válter quando estavam em uma barraca de comida.

    Segundo o TJ de Tocantins, a audiência não havia sido realizada anteriormente porque o “Poder Judiciário do Tocantins estava em tratativas com a embaixada norte-americana para oitiva do acusado por videoconferência na penitenciária onde estava preso”.

    “Com a fuga, o acusado foi declarado revel (que não acata ordem estabelecida) e, conforme previsto no Código de Processo Penal, a sessão vai poder ser realizada sem presença dele”, explicou o tribunal.

    Participarão da audiência, que será aberta ao público, um promotor de justiça, um defensor público, que representará Danilo, além de serem ouvidas sete testemunhas, todas de acusação.

    Entenda o caso

    Segundo a denúncia, Cavalcante teria cometido o crime de forma “voluntária, agindo com vontade e determinação de matar”, mediante uso de arma de fogo.

    De acordo com a denúncia, Cavalcante teria “cometido o crime de forma consciente e voluntária, agindo com vontade e determinação de matar, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, utilizando-se de uma arma de fogo”.

    Denise Moreira dos Reis, irmã do jovem assassinado em 2017, relata que o crime aconteceu como decorrência de um acidente de carro em que os dois se envolveram. “Meu irmão bateu no carro, ficou devendo esse conserto e foi morto por causa disso”, relatou à CNN.

    Denise considera o motivo uma “besteira” que daria para ter sido evitada, já que o pai e o próprio irmão trabalhavam e tinham condições para arcar com o prejuízo da batida. “Meu irmão falou que ia pagar a dívida, mas o Danilo não aguentou esperar”, relembra Denise.

    Em 13 de novembro de 2017, a Justiça determinou a prisão preventiva de Danilo Cavalcante. No entanto, ele já havia fugido do estado.

    Cavalcante teria fugido primeiro para Porto Rico e depois para os Estados Unidos.

    “Assim que o Judiciário soube que o acusado estava preso, cumprindo pena nos Estados Unidos, iniciou as tratativas com a embaixada norte-americana para poder dar andamento ao processo”, disse o TJ-TO.

    Veja também: Danilo Cavalcante foi capturado nos EUA nesta quarta (13)