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    Após ataques no Rio, polícia mira três alvos para direcionar combate ao crime

    Medida aconteceu após pelo menos 35 ônibus e um trem serem queimados na última segunda-feira (23

    Da CNN

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), definiu dois milicianos, que brigam entre si, e um traficante como principais alvos das forças de segurança do estado.

    O anúncio aconteceu após 35 ônibus e um trem serem queimados na última segunda-feira (23), em reação a morte de Matheus da Silva Resende, de 24 anos, durante um confronto com policiais numa favela do bairro de Santa Cruz.

    Conhecido também como Teteu ou Faustão, ele era o segundo na hierarquia do principal grupo miliciano do estado.

    Zinho, Tandera e Abelha são os três alvos das forças de segurança do Rio / Arte/CNN

    Zinho

    Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, é apontado como chefe da maior milícia do Rio. Segundo a polícia, ele assumiu o comando do grupo após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Ele também era tio de Faustão.

    Zinho, por sua vez, não atuou em forças policiais, como acontece com a maioria dos milicianos.

    As autoridades calculam que ele arrecada até R$ 10 milhões por mês, com a maior parte vindo do transporte alternativo irregular.

    Tandera

    O outro miliciano procurado é Danilo Dias, o Tandera. Ele é antigo parceiro de Zinho e Ecko e rompeu com o grupo, juntando comparsas para invadir territórios que estavam sob o comando dos ex-chefes.

    Atos de extrema violência são atribuídos a Tandera e a seu grupo, de acordo com a polícia.

    Abelha

    Wilton Crlos Rabello Quintanilha, conhecido com Abelha, é membro da cúpula da principal facção do tráfico de drogas do Rio, o Comando Vermelho (CV), e um dos únicos que não está preso.

    Em 2021, Abelha saiu do presídio pela porta da frente e gerou uma crise nos órgãos de segurança.

    Com o ápice neste 2023, o conflito e a disputa por territórios se agravou: tiroteios na zona oeste cresceram 54% em relação a 2022, e as mortes subiram 123% no comparativo com 2022, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado.

    Nesse cenário de disputa por territórios entre milicianos, o tráfico de drogas atua para conquistar espaço na zona oeste. Investigadores indicaram à CNN que Abelha tem orientado ações em trechos da região para se aproveitar da briga entre os “bondes” de milicianos.

    Veja também: Terror da milícia prejudica um milhão de pessoas no Rio

    *Publicado por Douglas Porto

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