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    Após 3 faltas em depoimento, delegado deve indiciar ex-defensora na semana que vem

    Mulher que foi acusada de chamar entregador de “macaco” terá histórico de acusações incluído no inquérito

    Pedro Duranda CNN , No Rio de Janeiro

    A defensora pública aposentada que chamou um entregador de “macaco” em Niterói (RJ) deve ser indiciada por injúria racial na semana que vem. Se o Ministério Público resolver fazer a denúncia e a justiça concordar com a punição, ela pode acabar condenada a até três anos de prisão pelo crime.

    Embora o delegado Carlos César Santos não tenha afirmado à CNN que decidiu responsabilizar a mulher pelo crime, a reportagem apurou que a tendência é pelo indiciamento. “Vou tentar concluir o inquérito até sexta-feira [dia 20 de maio]. As imagens não mentem, falam por si só”, disse ele.

    Santos afirmou ainda que vai considerar o histórico de denúncias contra ela na conclusão do inquérito. A mulher é acusada de injúria em cinco outras oportunidades e ainda tem duas acusações de lesão corporal e uma de constrangimento. “Vou considerar todo o histórico e o que eu já tenho”, disse o delegado.

    O que ele tem é a imagem do vídeo de celular, em que ela aparece chamando o entregador de “macaco”, e também uma imagem de câmera de segurança do condomínio, que prova que o vídeo de celular não foi editado e também mostra ela atirando uma lata contra a van dos entregadores. Além disso, as duas vítimas foram ouvidas.

    O que ele não tem é a explicação dela pra tudo isso. A ex-defensora faltou três vezes a depoimentos marcados na 81ª delegacia de polícia, em Itaipu, Niterói. Segundo Santos, um advogado compareceu na delegacia por volta das 20h desta quinta-feira (12) e disse que a representava, alegando que a mulher não poderia prestar depoimento no dia seguinte porque estava abalada e medicada.

    “Ela está abrindo mão do meio de defesa dela, ela poderia vir e apresentar a defesa dela”, afirmou o delegado. A CNN tentou contato com a defensora, foi até a casa dela, mas ela se recusou a falar ou sequer passar o contato de um advogado.

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