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    Aniversário de menino desaparecido na praia é marcado por angústia e pedido de respostas

    Polícia acredita que Edson Davi se afogou; família não concorda e vê possibilidade de sequestro a explicação para sumiço

    Aniversário de menino desaparecido na praia é marcado por angústia e pedido de respostas
    Aniversário de menino desaparecido na praia é marcado por angústia e pedido de respostas Reprodução/ Redes Sociais

    Isabelle Salemeda CNN

    Neste domingo (25), o menino Edson Davi de Almeida, que desapareceu no dia 4 de janeiro, na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, completa sete anos. Para marcar a data e cobrar respostas das autoridades sobre o sumiço da criança, a família organizou uma manifestação na orla.

    Nas redes sociais, a família fez postagens em homenagem ao menino. A irmã, Giovana Araújo, publicou um vídeo com imagens dos aniversários anteriores de Davi e escreveu: “É triste saber que não vamos poder comemorar seu 7° aniversário, junto com a família e os amigos que sempre estiveram presentes. É extremamente doloroso não tê-lo conosco e não saber se ele vai ou não completar 7 anos de vida. Ao mesmo tempo, já faz mais de 50 dias do desaparecimento do Edson Davi e o silêncio continua. Não temos respostas. Não temos paz”, revelou a irmã, que concluiu dizendo: “Não vamos aceitar essa falta de respostas! Vamos continuar lutando para saber o que aconteceu com o Davi, não vamos esquecê-lo!”

    “Hoje é o aniversário do Edson Davi, ele faz 7 anos e, infelizmente, com muita dor, não vamos poder comemorar sem ele estar aqui. Hoje faz 52 dias sem saber, de fato, o que realmente aconteceu com meu filho”, disse Marize Araujo, mãe da criança.

    Após análise de câmeras de monitoramento da orla, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de afogamento. No entanto, a família acredita que a criança foi sequestrada.

    A equipe de advogados da família enviou à CNN o seguinte texto, escrito pelos pais de Davi, também publicado em redes sociais. “Não apenas a família, mas também os bombeiros e boa parte da sociedade que nos apoia, não acreditam em afogamento, pois não existem provas concretas para isto e absolutamente ninguém presenciou o suposto afogamento”, escreveu a família em um trecho.

    Segundo o comunicado, novas testemunhas foram indicadas para prestarem depoimento, embora ainda não tenham sido ouvidas. Seriam pessoas que estavam na praia no dia do desaparecimento e que viram Davi brincando ao lado da barraca do pai, próximo ao horário do desaparecimento. As testemunhas estariam, ainda de acordo com o pronunciamento, em sintonia com o último vídeo em que o menino foi flagrado, de cabelo e roupas secas, às 16h47, e afirmaram que em nenhum momento viram o menino entrar no mar.

    A família contou, também, que houve novas denúncias de pessoas que relatam terem visto uma criança semelhante ao Edson Davi no estado de São Paulo e, mais recentemente, em Minas Gerais.

    A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) informou que todas as denúncias de que a criança teria sido vista estão sendo checadas, desde o início das investigações. Diversas testemunhas também foram ouvidas. Entre elas, os bombeiros que atuavam no posto 4, perto de onde o menino foi visto pela última vez. Eles informaram que estavam na areia no horário do desaparecimento. A criança não foi vista se afogando.

    A titular da DDPA não concorda que Davi possa ter sido sequestrado. “Não houve indício de sequestro, pois o menino não sai da praia”, disse a delegada Elen Souto. A conclusão veio depois de verificar que um grupo de argentinos que estava na praia, dos quais a família desconfiou, saiu da areia e foi para o hotel sem a criança.

    A polícia disse que analisou todas as imagens disponíveis até agora e não encontrou outros suspeitos. A câmera de monitoramento do posto mais próximo ao local do sumiço, no entanto, não estava funcionando no dia em que a criança desapareceu.

    “Infelizmente vejo muitas perguntas sem respostas, muitas falhas nessa investigação, será porque meu filho é apenas uma criança filho de um humilde barraqueiro?” desabafou a mãe, que concluiu questionando: “O que aconteceu com meu filho, será se ele vai ser mais um caso sem solução?”