Anestesista que confessou estupro de pacientes no Rio tem prisão mantida
Justiça determinou que ele passe por um novo exame de corpo de delito e seja transferido para local seguro
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, durante audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17), manter a prisão do médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, que foi preso na segunda-feira (16) e confessou ter estuprado pacientes.
De acordo com a juíza Mariana Tavares Shu: “O mandado de prisão está dentro do prazo de validade e a decisão que gerou sua expedição não foi revogada pelo juízo natural, não se tendo notícias de que tenha sido alterada por decisão recursal”.
A juíza determinou ainda que o anestesista faça um novo exame de corpo de delito já que ele relatou marcas causadas pelo uso de algemas. Atendendo a um pedido da defesa, a juíza determinou também a transferência de Andres Eduardo Oñate Carrillo para um local que possa garantir a sua segurança, haja vista a repercussão do caso.
A audiência de custódia ocorreu no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, porta de entrada do Sistema Prisional no Estado. O médico colombiano foi preso na segunda-feira (16) no apartamento dele, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
Ele é suspeito de ter cometido ao menos dois estupros de mulheres em hospitais das redes pública e particular em 2020 e 2021. Ele chegou a filmar os abusos. Além disso, a polícia encontrou mais de 20 mil cenas de pedofilia e abuso sexual infantil armazenados em aparelhos eletrônicos do anestesista.
A análise do material chamou atenção da polícia pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês recém nascidos.
O médico prestou depoimento na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, confessou os crimes e ainda afirmou, segundo fontes da Polícia Civil, que não sabia de onde vinha a compulsão que ele nutria para cometer os crimes.
As investigações seguem em andamento.
