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    Amazônia lidera com mortes de ambientalistas e defensores do meio ambiente, aponta relatório

    Estudo da Global Witness registrou 177 mortes em 2022 ao redor do mundo; dessas, 39 ocorreram na região amazônica

    Giovanna Bronzeda CNN

    em São Paulo

    A Amazônia foi o local onde o maior número de ambientalistas e defensores do meio ambiente morreram em 2022. A informação é do levantamento feito pela organização Global Witness.

    Em 2022, 177 pessoas foram mortas por defenderem a terra, o meio ambiente e comunidades tradicionais. O dado é global, mas mostrou que a Amazônia é o local mais perigoso – acumulou 39 (22%) dessas.

    Veja também: Estamos perto do “ponto de não retorno”, diz especialista sobre Amazônia

    A cada cinco mortes, uma foi na floresta amazônica. Desde 2014, pelo menos 296 defensores do meio ambiente foram mortos na região.

    O relatório lembrou que 2022 também registrou assassinatos emblemáticos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que ocorreram em 5 de julho do ano passado.

    Entre 2012 e 2022, a Global Witness acumulou o total de 1.910 mortes.

    Embora a região amazônica lidere, o foco está na Colômbia. De acordo com o estudo, esse é o país mais mortal: 60 mortes das 177 de 2022 foram registradas no país. Ou seja, 33,9% do total. Desde o início da série histórica, em 2012, foram contabilizadas 382 mortes na Colômbia.

    De modo geral, a América Latina foi a região mais mortal para os defensores do meio ambiente em 2022 – com 88% do total. O relatório também destaca o Brasil, com 34 mortes, e o México, com 31.

    A Global Witness também reforçou o perigo que as comunidades indígenas sofrem. 34% das 177 mortes em 2022 foram de integrantes da comunidade, apesar das comunidades, segundo a organização, representarem cerca de 5% da população mundial.