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    Amazônia Legal registra recorde de desmatamento para abril

    Dados preliminares do Inpe apontam que os alertas atingiram uma área de 1.012,5 km², representando um aumento de 74,5% em relação a 2021

    Giovanna Bronzeda CNN , em São Paulo

    A Amazônia Legal teve recorde de alertas de desmatamento em abril deste ano.

    É o pior índice para o mês na história do monitoramento feito pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que começou em 2015 e passou a registrar dados do primeiro semestre a partir de 2016.

    Os dados foram atualizados nesta sexta-feira (06), mas ainda são preliminares do mês, pois contabilizam apenas até o dia 29 de abril.

    De acordo com a detecção do Deter, com dados disponibilizados pela plataforma Terra Brasilis do Inpe, foram 1.012,5 km² apenas em abril de 2022. O dado de 2022 representa aumento de 74,5% em relação a 2021.

    Histórico de desmatamento na Amazônia Legal para o mês de abril:

    O registrado em abril de 2022 também representa aumento de alertas de desmatamento na Amazônia Legal em relação ao mês anterior.

    Em março deste ano, foram contabilizados 312,23 km² – apresentando, portanto, o crescimento de 224,2%.

    No acumulado anual até o momento, unindo dados de janeiro a abril, o total de desmatamento em 2022 chega a 1.953,84 km².

    O dado é o pior já registrado no período desde o início do monitoramento no primeiro semestre, em 2016.

    Em 2021, o registrado nos primeiros meses de ano foi de 1.153,27 km². Dessa forma, o desmatamento cresceu 69,4%.

    Histórico de desmatamento na Amazônia Legal entre janeiro e abril:

    A relação anual nos outros anos: 1.204,15 km² em 2020; 773,08 km² em 2019; 1.175 km² em 2018; 360,49 km² em 2017; e 1.083,75 km² em 2016.

    Em 2022, o estado que mais registrou alertas de desmatamento foi o Mato Grosso, com 574,48 km² afetados de janeiro até o fim de abril.

    Em seguida, está o Amazonas, com 537,28 km²; já o Pará foi o terceiro, com 446,77 km².

    Os dados analisados são alertas de desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração na região da Amazônia Legal.

    Procurados pela CNN, os ministérios da Justiça e Segurança Pública e do Meio Ambiente afirmam que “tratam-se de alertas para fins de fiscalização e que a área divulgada é uma estimativa. Os números consolidados de desmatamento são divulgados anualmente, sempre no segundo semestre, por meio do Prodes.”

    “O governo federal tem empenhado grandes esforços no combate aos crimes ambientais. A Operação Guardiões do Bioma, Combate ao desmatamento Ilegal, visa coibir crimes ambientais nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre e Rondônia”, continuaram.

    “A ação inédita é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com a participação do Ministério do Meio Ambiente, e envolve Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Fundação Nacional do Índio (Funai), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e órgãos de fiscalização como Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)”, finalizaram.

    Histórico e metodologia

    Os dados disponibilizados são apenas a partir de 2015, sendo que os dados do primeiro semestre foram computados a partir de 2016. As informações são do satélite DETER, do Inpe.

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