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    Agosto registra número de focos de calor 105% maior que todo o mês em 2023

    Período registra recorde de fogo, que não era alcançado desde 2010

    Catarina NestlehnerJulia FariasGiovanna Bronzeda CNN

    Um levantamento do Greenpeace Brasil, publicado na quinta-feira (29), registrou um aumento de 105% no número de focos de calor e de área queimada em todos os biomas e nas Terras Indígenas do território brasileiro.

    Segundo a organização, enquanto em todo o mês de agosto do ano passado o país registrou 28.056 focos de calor, de 1 a 28 de agosto de 2024, já foram registrados 57.528 focos de calor.

    O Greenpeace ressaltou a situação alarmante no Pantanal, onde o crescimento dos focos de calor entre 2023 e 2024 foi de 3.509%. No Cerrado, o aumento no mesmo período foi de 133%.

    Além disso, também foram verificados crescimentos dos focos de calor na Mata Atlântica com 119% e na Amazônia com 79%.

    Terras Indígenas

    Entre 1º de janeiro e 26 de agosto de 2024, dados de satélite mostraram 12.335 focos de calor em 300 Terras Indígenas no país, de acordo com o levantamento. O dado indica que 11% de todos os focos de calor no Brasil este ano ocorreram em Terras Indígenas.

    A Amazônia registrou o maior número de focos de calor em Terras Indígenas no período analisado, com 3.549 focos, que estão presentes, principalmente, em áreas degradadas e consolidadas como pastagem, segundo a pesquisa do Greenpeace Brasil.

    Em relação à área consumida pelo fogo, as terras indígenas do Cerrado são as mais atingidas, com uma área queimada de 1.731.950 hectares. Em seguida, a Amazônia, com 533.575 hectares afetados, e o Pantanal, com área de 366.975 hectares queimados.

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