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    ‘Aglomerações nas praias do RJ podem ter elevado internações’, diz pesquisadora

    Taxa de ocupação de leitos para a Covid-19 já está quase em 80% na capital fluminense

    As aglomerações nas praias do Rio de Janeiro nos últimos finais de semana podem ter influenciado na alta do número de internações pelo novo coronavírus na capital fluminense. A avaliação é de Margareth Portela, pesquisadora da Fiocruz, em entrevista à CNN. A instituição avaliou que o percentual de leitos de terapia intensiva ocupados na rede SUS – estadual, municipal e federal da capital estava em 79% nesta terça-feira (30).

    “Sem sombras de dúvidas [existe a relação entre as aglomerações nas praias e o aumento de internações]. Nós temos um vírus que está circulando e na medida que há aglomerações, se propicia o contágio de pessoas. Na semana passada o Rio de Janeiro chegou a 87% de taxa de ocupação de leitos. Não sei se teve uma reabertura de leitos ou de fato uma redução”, iniciou. 

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    Primeiro dia de inverno tem movimento nas praias cariocas
    Em meio à pandemia, primeiro dia de inverno tem movimento nas praias cariocas
    Foto: Reprodução / CNN

    A pesquisadora afirma que os dados têm que ser monitorados e “vistos dentro de uma linha de tendência”. Mas que, de qualquer forma a cidade está “em uma zona preocupante” e que há a necessidade de ter um plano de contingência. 

    “De qualquer forma, estamos em uma zona preocupante onde já se faz necessário que o poder público pense no seu plano de contingência e no que vai fazer em caso de um aumento súbito. Temos tido notícias, de uma forma mais empírica, de que pessoas que trabalham na área da saúde sentiram este aumento”, afirmou. 

    Questionada sobre a possibilidade de reativação dos leitos, a pesquisadora afirma que cabe ao poder público tomar esta decisão. 

    “Qual será a estratégia do poder público, não me cabe dizer. Temos leitos em hospitais permanentes, os leitos em hospitais de campanha, que chegaram atrasados e que podem ser reativados. Um leito de UTI é caro, é legítimo que tenha havido esta redução. Mas também é fundamental que se esteja pronto para reativá-los”, avalia.

    E finaliza: “Nós temos que persistir na questão do distanciamento social e utilizar máscaras. O vírus está circulando e enquanto não tivermos uma vacina, teremos que conviver com ele. Ainda precisamos de muita cautela. Entendo que muitas pessoas estão cansadas, muitos meses em isolamento, mas a gente ainda não está no ponto”.

    (Edição: André Rigue)

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