Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Advogados fazem apelo para mãe de Henry prestar novo depoimento

    Monique Medeiros e Dr. Jairinho estão com defesas separadas. Polícia Civil afirma que decisão sobre depoimentos é do delegado

    Paula Martini, Thayana Araújo, Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Os advogados da mãe de Henry Borel fizeram um novo pedido para que Monique Medeiros seja ouvida mais uma vez na investigação sobre a morte do menino de quatro anos. Em comunicado enviado neste sábado (17), a defesa argumenta que outras pessoas prestaram dois depoimentos na investigação.

    A babá de Henry e a funcionária do lar que trabalhava no apartamento onde a criança morava com Monique e o vereador Dr. Jairinho apresentaram versões diferentes sobre o convívio da família nas duas vezes em que falaram à polícia. De acordo com o termo de declaração do primeiro depoimento de Monique, ela disse à polícia que “não acredita que Jairinho tenha feito qualquer coisa contra seu filho, até porque a relação entre eles era boa e ele sempre tentava cativar o amor de Henry”.

    Mas o texto divulgado neste sábado (17) fala em “buscar a verdade por completo” e diz que não há motivos para “calar Monique”. Os advogados também afirmam que foi observada a “repetição de um comportamento padrão de violência contra e mulheres e crianças”.  Nos últimos dias, ex-companheiras de Dr. Jairinho denunciaram episódios de violência doméstica. O vereador é investigado por agressão e tortura a duas crianças, filhas de ex-namoradas.  

    Apesar do apelo dos advogados, o delegado Henrique Damasceno, que apura a morte de Henry, ainda não decidiu se Monique terá oportunidade de falar novamente. Procurado pela CNN, o advogado Thiago Minagé classificou como absurda uma possível negativa. “Será o maior absurdo a negativa de um novo depoimento para Monique. Principalmente pelo fato de somente agora ela ter uma defesa “somente dela” e livre de qualquer opressão ou ameaça”, disse. 

    Já o advogado criminalista e membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Carlos Nicodemos ressalta que o inquérito policial tem que ser concluído em até 10 dias quando os investigados estão presos e que uma nova oitiva pode retardar esse prazo.  

    “O delegado pode concluir a investigação sem ouvi-la e remeter ao Ministério Público, que pode inclusive analisar esse pleito da defesa, podendo devolver ao delegado para ouvir a acusada. Ou, pode denunciá- la, quando ela terá a oportunidade de se manifestar na própria ação penal”, explica Nicodemos. 

    Através de uma nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que cabe ao delegado avaliar a necessidade de ouvir ou não qualquer pessoa envolvida no caso. 

    Monique Medeiros e Jairinho eram defendidos pelo advogado André França Barreto desde a morte da criança, em 8 de março, até a semana passada. Neste sábado (17), o advogado criminalista Braz Sant’Anna confirmou à CNN que assumiu a defesa de Jairinho na última quinta. O defensor informou que só vai dar informações sobre a nova estratégia na semana que vem porque ainda precisa se inteirar sobre o processo.

    A previsão é que assistentes do criminalista compareçam à delegacia até terça-feira (20) para buscar cópias de depoimentos e de perícias realizadas pelos investigadores. Na quarta-feira, os advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad assumiram a defesa de Monique. 

    CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DA DEFESA DE MONIQUE

    Dentro do objetivo de atuar com a verdade, a defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição pelo Senhor Delegado de Polícia que preside o Inquérito e faz um público apelo, para a referida Autoridade Policial, neste sentido. “Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para “calar Monique” ou não se buscar a verdade por completo. A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança. 

    Rio de Janeiro, 17 de abril de 2021.

    Thiago Minagé
    Hugo Novais
    Thaise Mattar Assad
    Advogados

    CONFIRA A NOTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO
    Cabe ao Delegado, que é o presidente do inquérito policial, avaliar a necessidade de ouvir ou não qualquer pessoa envolvida no fato.

    Tópicos