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    Adiamento do Enem pode gerar ‘apagão’ de mão de obra qualificada, diz pesquisa

    Estudo projeta reflexos em cinco anos, que é o tempo médio de formação de uma graduação

    Uma pesquisa da Educa Insights, divulgada em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), aponta que o adiamento do calendário do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode levar a um “apagão” na mão de obra qualificada nos próximos anos.

    À CNN, o diretor-executivo da Abmes, Sólon Caldas, deu detalhes do estudo, em entrevista nesta terça-feira (28). “Com o adiamento do Enel e o resultado previsto para final de março de 2021, o calendário acadêmico fica comprometido e milhares de estudantes não vão poder ingressar no primeiro semestre do ano que vem”, avaliou ele.

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    Segundo ele, esse atraso no ingresso dos estudantes pode levar ao “apagão”. Outro ponto, de acordo com o estudo, que contribui para que esse cenário com menos novos trabalhadores qualificados pelo ensino superior se concretize é a proposta de reforma tributária, que está onerando a mensalidade como aumento de tributos em até 11%. 

    “De um lado, nós não vamos ter ingressantes com a nota do Enem. Por outro, aqueles que estão estudando poderão evadir da educação superior, caso haja esse aumento na mensalidade para aqueles que já a pagam no limite de sua renda”, afirmou.

    “O reflexo disso se dará em cinco anos, que é um tempo médio da formação de graduação, afetando a mão de obra qualificada para o desenvolvimento do país. Sem mão de obra eficiente, vamos ter um ‘apagão'”, concluiu.

    O Enem 2020 será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Marcada inicialmente para novembro, a prova tinha sido adiada por tempo indeterminado devido à pandemia de Covid-19.

    (Edição: Leonardo Lellis)

     

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